O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta sexta-feira, 11, que algumas das grandes obras de infraestrutura esperadas pelo País estão no radar do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda que sem sinal verde para execução.

É o caso da usina de energia nuclear Angra 3, que consta como estudo de viabilidade, e da ferrovia Ferrogrão, que ainda precisa de licenciamento ambiental. Em discurso sobre o Novo PAC, mais cedo, Costa já havia dito que nem todas as propostas entraram no programa com indicativo de obra porque não estavam maduras, mas sim em caráter de “projeto ou estudo”.

No caso de Angra 3, Costa mencionou a necessidade do estudo de viabilização técnico-econômica dada defasagem do tempo que as obras ficaram paradas e pelo tempo de aquisição dos materiais. “Estamos falando de equipamentos adquiridos há 20 anos”, disse Costa.

As declarações foram dadas em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 11, após a cerimônia de lançamento do Novo PAC do governo federal, no Rio de Janeiro. O programa prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026.

A este respeito, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou da importância de não confundir obras ainda em fase de estudo de viabilidade econômica, social e ambiental como obras do PAC.

“Mais cedo, vi matérias da imprensa colocando isso, e não é isso. Em um governo que não é negacionista, as coisas são estudadas para serem feitas com senso de responsabilidade ou para não fazer”, disse. Ela frisou especificamente o caso da ferrovia Ferrogrão, que liga o estado do Mato Grosso do Sul ao Pará.