As comemorações do Novo Ano Lunar, também chamado no horóscopo chinês de Ano do Coelho, símbolo de sorte e prosperidade no Oriente, estão reduzindo os negócios com ações da Ásia. As bolsas de valores estão fechadas na China, Hong Kong e na Coreia do Sul por toda esta semana. No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 1,5% hoje (24/01). Na Bolsa de Cingapura, os contratos futuros do minério de ferro eram negociados hoje abaixo do fechamento de US$ 125,90 por tonelada registrado ontem (23/01). A cotação do minério na Ásia serve de referência para os investidores brasileiros operarem ações da Vale e de siderúrgicas na Bolsa brasileira (B3).

Na Europa, o preço do petróleo era negociado em leve queda pela manhã, com o tipo Brent a US$ 88 por barril.

Segundo carta mensal do Itaú encaminhada à DINHEIRO, os dados de atividade na China evidenciaram a desaceleração da economia no país, por conta das restrições à Covid-19. No entanto, com o tom mais brando adotado agora pelas autoridades chinesas em relação à doença e às medidas de flexibilização, é prevista uma saída da política de Covid zero.

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De acordo com a equipe do banco pelo menos dois fatores limitam as chances de um grande aumento do crescimento chinês no Ano do Coelho. O primeiro deles é que a recuperação do consumo na China não será tão forte quanto no resto do mundo, dada a ausência de transferências de renda para auxiliar as famílias durante a pandemia.

Na visão do Itaú, o balanço patrimonial das famílias está pior do que no fim de 2020, com maior desemprego e queda dos preços dos imóveis. Como segundo fator, as medidas recentes para apoiar o financiamento às incorporadoras devem impedir uma retração adicional, mas o setor imobiliário parece estar mais equilibrado após anos de estímulos excessivos.

“Esperamos apenas uma estabilização no mercado imobiliário, que tem uma grande representatividade no PIB do gigante asiático. De maneira geral, acreditamos que a retomada da economia e a esperada estabilização do setor imobiliário melhorem as perspectivas para o PIB em 2023 comparado a este ano. Assim, projetamos um crescimento de 4,8% em 2023, de 4,5% anteriormente”, relata o Itaú, em sua carta mensal.