13/05/2020 - 8:20
A promessa de anonimato permitiu que o número de testes de coronavírus em Seul fosse multiplicado por oito, um método pelo qual as autoridades desejam controlar o foco de contaminação em boates, particularmente gays, na capital sul-coreana.
A Coreia do Sul foi um dos países mais afetados pela pandemia depois da China no início da crise da COVID-19.
Seu governo conseguiu conter a epidemia graças a uma elogiada estratégia de testes em massa.
Mas quando a doença parecia controlada, um novo foco de contaminação apareceu nos bares e boates, principalmente gays, do bairro de Itaewon, em Seul, o que levou as autoridades a adiar a reabertura das escolas, programada para esta semana.
Os serviços de saúde querem encontrar as pessoas que estiveram nas instalações do bairro, mas muitos clientes não desejam se identificar por medo da estigmatização da homossexualidade neste país conservador.
Por esse motivo, Seul começou esta semana a realizar testes anônimos.
O prefeito da capital, Park Won, anunciou que 8.300 pessoas realizaram um teste na terça-feira, contra 1.000 na semana anterior.
“É a prova de que garantir o anonimato incentiva testes voluntários”, disse Park a repórteres.
As autoridades anunciaram 26 novos casos nesta quarta-feira, elevando o total no país para cerca de 11.000, com cerca de 250 mortos.
Cerca de 120 casos estão diretamente relacionados à fonte de contaminação de Itaewon.