Anthony Fauci, principal assessor do presidente americano Joe Biden para a covid-19 e que se tornou o rosto do combate à pandemia nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (22) que deixará o cargo em dezembro.

Em comunicado, Fauci disse que deixará o cargo de conselheiro médico de Biden, bem como de diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIAID), que ocupou por 38 anos.

Pesquisa mostra eficácia da vitamina B12 para atenuar covid-19

Covid aumenta chance de confusão mental e outros transtornos, afirma estudo

Primeiro-ministro japonês testa positivo para covid-19, com sintomas leves

“Não estou me aposentando”, disse Fauci, de 81 anos.

Este médico, que já havia adiantado seus planos de sair do cargo no final do mandato atual de Biden, anunciou que o fará em dezembro para iniciar “um novo capítulo” em sua carreira.

Biden declarou imediatamente seu “mais profundo agradecimento” a Fauci em nota da Casa Branca.

“Graças às muitas contribuições do dr. Faucci à saúde pública muitas vidas foram salvas nos Estados Unidos e em todo o mundo”, disse o presidente, que acrescentou que o país “é mais forte, mais resistente e mais saudável graças a ele”.

Fauci dirigiu a resposta dos Estados Unidos aos surtos de doenças infecciosas desde a década de 1980, do HIV/aids até a covid-19, e trabalhou com sete presidentes, começando com Ronald Reagan.

“Foi a honra da minha vida dirigir o NIAID”, escreveu.

Quando a covid-19 se propagou da China para o mundo pela primeira vez em 2020, Fauci se tornou uma fonte confiável de informações, tranquilizando a população com seu comportamento calmo e profissional durante suas frequentes aparições nos meios de comunicação.

Mas suas opiniões honestas sobre os primeiros fracassos dos Estados Unidos para enfrentar o vírus levaram Fauci a um conflito com o ex-presidente Donald Trump e o tornaram uma figura odiada nos círculos de direita e entre os antivacinas.

Fauci vive atualmente acompanhado por seguranças depois que sua família recebeu ameaças de morte e assédios.

Biden recordou na segunda-feira que Fauci foi uma das primeiras pessoas que convocou para sua equipe, após ganhar as eleições de 2020. “Eu podeira chamá-lo a qualquer hora do dia para lhe pedir um conselho sobre a pandemia”, destacou o presidente.