O ex-primeiro-ministro português Antonio Guterres reforçou nesta sexta-feira (9) sua posição de líder na disputa pelo posto de próximo secretário-geral da ONU, após uma quarta votação informal do Conselho de Segurança – informaram os diplomatas.

Guterres, que durante dez anos foi o chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), recebeu 12 votos a favor, dois contra e uma abstenção na votação dos 15 membros do Conselho.

O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Miroslav Lajcak, ficou em segundo lugar com 10 votos favoráveis, quatro contra e uma abstenção.

Essa foi a quarta vez que o político português de 67 anos conquistou o primeiro lugar na votação informal para suceder a Ban Ki-moon. O sul-coreano deixará seu cargo em 31 de dezembro, depois de dez anos no primeiro posto diplomático do mundo.

Na votação anterior, Guterres conseguiu 11 votos positivos, três negativos e uma abstenção.

Os 15 embaixadores, incluindo os dos cinco países que são membros permanentes do Conselho – Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Estados Unidos – se reuniram a portas fechadas para avaliar os candidatos.

Dez pessoas concorrem a esse cargo, sendo metade delas mulheres. Entre elas, está a chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a búlgara Irina Bokova.

Quatro mulheres ficaram nas últimas posições: a chanceler argentina, Susana Malcorra; a ex-primeira-ministra neozelandesa e chefe do Programa de Desenvolvimento da ONU Helen Clark; a ex-negociadora da ONU para Mudanças Climáticas Christina Figueres, da Costa Rica; e a ex-ministra das Relações Exteriores da Moldávia Natalia Gherman.

Apesar das campanhas de grupos de mulheres e de alguns países da ONU para eleger a primeira mulher para o cargo nos 71 anos de história do organismo, as quatro estão nas últimas colocações.