BRASÍLIA (Reuters) -A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira o insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), abrindo caminho para a produção completa da vacina no Brasil sem a necessidade de importação.

“Para essa decisão, a Anvisa avaliou os estudos de comparabilidade. Estes estudos demonstram que, ao ser fabricada no país, o insumo mantém o mesmo desempenho que a vacina importada” informou a agência em nota.

A partir de agora, a Fiocruz poderá preparar todo o imunizante no país. Em nota, a fundação informou que iniciou a produção com IFA nacional em julho do ano passado e, no momento, tem 21 milhões de doses de vacinas em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.

“A previsão é de que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, acrescentou.

A vacina da AstraZeneca vinha sendo envasada no Brasil pela Fiocruza desde o início de 2021, mas com IFA importado da China. O acordo entre a fundação e a AstraZeneca previa a transferência de tecnologia para fabricação total no Brasil, mas o processo atrasou.

A previsão inicial era de que a Fiocruz estaria produzindo e distribuindo no Brasil as vacinas nacionais em agosto de 2021. Depois, em outubro.

Segundo a Fiocruz, houve um atraso na assinatura do contrato de transferência de tecnologia porque foi dada prioridade primeiro ao registro emergencial e depois ao registro definitivo da vacina na Anvisa. O contrato final de transferência foi assinado em junho.

(Reportagem de Lisandra ParaguassuEdição de Pedro Fonseca)

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