A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou, na noite desta segunda-feira (28), que decidiu encerrar hoje o processo de análise da autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina chinesa CanSino.

Em nota, a agência informou que o processo foi encerrado “sem a continuidade da avaliação de mérito do pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, protocolado pela empresa Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda ME, na data de 18 de maio de 2021.”

+ Brasil tem 71 milhões de vacinados com 1ª dose contra covid; 33,7% da população

O pedido de autorização do imunizante era analisado em caráter experimental e teria validade temporária caso fosse aprovado pelo órgão. Foi protocolado pela empresa Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda ME, em 19 de maio, que representava a CanSino no país. O encerramento da análise se deu por perda de legitimidade da empresa e do Instituto Vital Brazil S.A, que aparecia como interessado no processo administrativo.

De acordo com a Anvisa, a CanSino notificou a agência em 17 de junho de que a Belcher e o Instituto Vital Brazil não possuíam mais autorização para representar a farmacêutica chinesa no Brasil. A vacina Convidecia está aprovada para uso em 8 países: Argentina, Chile, China, Equador, Hungria, Malásia, México e Paquistão.

O Ministério da Saúde assinou intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina Convidecia, em acordo que será analisado pela CPI da Covid. O governo brasileiro compraria as doses ao preço de US$ 17 por unidade (aproximadamente R$ 85), em valores ainda mais altos do que os pagos pela Covaxin, US$ 15 (R$ 80,70, na cotação da época), também alvo de investigação pelo Congresso.