Em agenda em Belo Horizonte (MG) acompanhado do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse mais cedo nesta quarta-feira, 12, respeitar “todas as religiões”. Em cima de um trio elétrico, Bolsonaro estava também o lado do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. Depois do compromisso com Zema, na capital mineira, Bolsonaro seguiu para São Paulo onde participou de missa em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Nacional, da Igreja Católica.

“Além das questões materiais, temos as questões espirituais. Aqui, nós somos 90% de cristãos. Mas respeitamos todas as religiões, bem como aqueles que não tem religião nenhuma. Porque nós respeitamos a liberdade do nosso povo”, disse Bolsonaro na agenda em Minas. No primeiro turno, o presidente recebeu menos votos no Estado do que seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País, atrás somente de São Paulo, e historicamente tem um peso simbólico. Isso porque desde a eleição de Juscelino Kubitschek, em 1955, todos os candidatos que venceram no Estado saíram vitoriosos na disputa nacional.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mais cedo, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, defendeu que os fiéis devem ter uma “identidade religiosa” ao ser questionado sobre eventual uso político-eleitoral das celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida por Bolsonaro.

“Eu não posso julgar as pessoas, mas nós precisamos ter uma identidade de religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos. Então, nós precisamos ser fiéis à nossa identidade católica. Mas, seja qual for a intenção, (Bolsonaro) vai ser bem recebido, pois é o nosso presidente”, afirmou Dom Orlando a jornalistas.