02/09/2024 - 16:24
O apagão registrado em partes das cidades de São Paulo e Guarulhos no último sábado, 31, foi causado por uma pipa que atingiu uma subestação e causou curto-circuito, disse a Eletrobras, dona da subestação, nesta segunda-feira, 2.
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Um vídeo divulgado pela Eletrobras mostra o corpo de uma pipa atingindo o primeiro barramento da subestação Guarulhos, o que levou ao acionamento dos sistemas de proteção da instalação.
Segundo a empresa, 12 segundos depois, uma rabiola construída com linha metálica, contendo alumínio em sua composição, atinge o segundo barramento e causa um novo curto-circuito, fazendo com que houvesse o desligamento total da subestação.
A ocorrência levou a uma interrupção de carga de cerca de 870 megawatts (MW) em áreas atendidas pelas distribuidoras Enel e EDP, por volta das 17h31, disse o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no sábado. O restabelecimento integral da energia aos consumidores foi concluído às 19h58.
“Somente no ano de 2023 a Eletrobras registrou cinco incidentes em subestações provocados por pipas. Soltar pipas ou balões e fazer queimadas em locais próximos a linhas de transmissão é um risco de vida para as pessoas e também um risco para o funcionamento da rede elétrica”, disse a Eletrobras em nota à imprensa nesta segunda-feira.
O Brasil registrou mais um apagão no último fim de semana. No domingo, às 11h53, houve o desligamento automático total do sistema isolado de Roraima. O Estado é o único que não recebe energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), dependendo da geração de energia local.
Segundo o ONS, a carga do Estado no momento da ocorrência era de 85 MW, e a recomposição total dos serviços foi concluída às 13h40.
As ocorrências se somam a um terceiro apagão ocorrido em 22 de agosto nos estados do Acre e Rondônia, depois que um desligamento de equipamentos de transmissão e geração na região levou a uma perda de carga de 984 megawatts (MW).
O ONS ainda está apurando as causas das ocorrências no Norte. O prazo para finalização dos diagnósticos, divulgados por meio dos chamados Relatórios de Análise de Perturbações (RAP), é de até 40 dias úteis.