Os terremotos são difíceis de prever. Quando acontecem em grandes intensidades, em questão de segundos deixam um rastro de destruição, derivando prejuízos financeiros e vítimas humanas, como aconteceu nesta segunda-feira na Turquia e na Síria. Mas terremotos acontecem todos os dias, no mundo todo.

De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7.9 ocorrem todos os anos no mundo.

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Acima disso, o órgão estima que pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 seja registrado anualmente. Terremotos de entre 6 e 6.9 são mais de 130 por ano, mas esse número cresce a cada dia, à medida que novas estações sísmicas são instaladas e também devido à maior sensibilidade dos instrumentos.

A profundidade em que esses tremores ocorrem é determinante para que nem fiquemos sabendo que eles estão ocorrendo. Os tremores podem ter origem até mais de 100 quilômetros de profundidade, nesses casos, o tremor nem é sentido pela maioria das pessoas.

Terremotos no Brasil
Entre 15 e 20 sismos são registrados anualmente no Brasil, a maioria com magnitude próxima a 2.5 graus. Dados da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) indicam que terremotos com magnitude 5 ocorrem a cada 5 anos no Brasil. Para os de 6 pontos na escala Richter o intervalo é maior: 50 anos. Mais que isso, o país nunca experimentou e é difícil prever se um dia ocorrerá.

O país possui uma rede sismográfica muito pequena, incapaz de apresentar dados estatísticos satisfatórios e muitos sismos de pequena magnitude não são detectados, principalmente quando ocorrem em regiões distantes ou isoladas.

Um aumento na quantidade de estações revelaria um cenário bastante diferente, com um número de tremores bem maior do que o registrado atualmente.