30/12/2025 - 20:18
O mercado financeiro encerrou 2025 com forte valorização dos ativos de risco e protagonismo das aplicações em renda variável. Dados consolidados até 30 de dezembro pela Elos Ayta revelam que o período foi marcado pela recuperação da bolsa brasileira, enquanto moedas e criptoativos registraram perdas acentuadas.
O levantamento, que acompanhou 13 índices de mercado, aponta uma dispersão positiva de retornos pouco usual. Dos indicadores analisados, oito apresentaram rentabilidade superior a 10%, confirmando o apetite dos investidores por ativos de maior volatilidade em detrimento da segurança tradicional de certas moedas.

Líder do ano: o ouro foi o investimento mais rentável de 2025, com valorização de 65,24%. Ele também encerrou o quarto trimestre na liderança, com alta de 12,67%
Renda Variável: oito dos 13 índices analisados tiveram ganhos acima de dois dígitos.
Cenário adverso: o bitcoin e moedas estrangeiras figuram entre os piores desempenhos do período.
“Foi um ano de forte valorização dos ativos de risco, com protagonismo da bolsa brasileira, enquanto moedas e criptoativos encerraram o período como os grandes perdedores”, afirmou Einar Riveiro, sócio da Elos Ayta.
Ouro se consolida como refúgio e rentabilidade

Apesar do avanço generalizado das ações, o destaque absoluto de 2025 não pertenceu às bolsas de valores. O ouro assumiu o topo do ranking anual, impulsionado por incertezas globais e pela busca por reserva de valor. Com uma alta acumulada de 65,24%, o metal superou todos os demais ativos acompanhados pela consultoria.
A performance do metal foi consistente ao longo de todo o calendário, encerrando também o quarto trimestre na primeira posição (12,67%). O movimento reflete uma estratégia de diversificação de grandes fundos e investidores institucionais que, embora tenham migrado para a renda variável, mantiveram o ouro como proteção contra a instabilidade cambial.
Derrota das moedas e do Bitcoin
O contraste é evidente no segmento de moedas e ativos digitais. O dólar Ptax recuou 11,14%, a queda mais expressiva da moeda norte-americana desde 2016. Já o Bitcoin enfrentou um ano de forte correção, intensificada no quarto trimestre, quando despencou 20,47%.
Até a renda fixa perdeu o brilho relativo. O CDI acumulou alta de 14,20% — o melhor resultado desde 2006 —, mas figurou apenas na oitava posição do ranking. A poupança, com 8,19%, superou apenas o euro, o dólar e o Bitcoin, evidenciando que 2025 foi, essencialmente, o ano de quem buscou o risco ou o refúgio do ouro.

