28/09/2023 - 10:08
O dólar iniciou o dia em baixa, ainda sem indicação firme de que pode ter a primeira queda da semana. A tendência nesta quinta-feira, 28, é determinada pelo exterior, uma vez que a moeda americana perde fôlego ante a grande maioria das divisas pelo mundo.
A quinta-feira é de agenda movimentada. No Brasil, o Banco Central divulgou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) publicou os resultados de setembro IGP-M e dos índices de confiança do comércio e do setor de serviços.
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Nos Estados Unidos, foram divulgados os números do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Há ainda a expectativa pela fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, depois que Neel Kashkari (Fed de Minneapolis) trouxe um discurso hawkish que reforçou a cautela nos mercados.
O PIB norte-americano anualizado cresceu 2,1% segundo trimestre deste ano, abaixo das previsões, que apontavam alta de 2,3%. Houve revisão para cima no resultado do primeiro trimestre, de 2,0% para 2,2%. O índice de preços PCE subiu 2,5% no mesmo período.
Por aqui, o destaque da manhã foi a divulgação do RTI, cujos detalhes serão informados em entrevista do presidente do BC, Roberto Campos Neto, às 11 horas.
O documento trouxe pela primeira vez a estimativa da autoridade monetária para a inflação de 2026, com IPCA de 3,1% no cenário de referência.
A meta para aquele ano foi definida em 3% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, e o governo avisou na ocasião que iria editar um decreto mudando o regime para meta contínua a partir de 2025.
A divulgação do PIB norte-americano abaixo do esperado enfraqueceu o dólar e os juros dos Treasuries.
Às 9h34, o DXY tinha baixa de 0,42%. No Brasil, o dólar à vista era cotado a R$ 5,0224, em baixa de 0,50%. O dólar futuro para outubro era cotado a R$ 5,0270, com baixa de 0,33%.