04/04/2024 - 9:52
A direção do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiu apagar postagem publicada durante a Semana Santa e que fazia referência a imagem de Jesus Crito crucificado enquanto um dos soldados romanos diz: “bandido bom é bandido morto”.
A publicação levou pré-candidatos a prefeito de São Paulo e parlamentares de direita a criticarem o também pré-candidato e deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Ele é ligado ao MTST.
A publicação foi feita na sexta-feira, 29, data da Paixão de Cristo. “Boa sexta-feira Santa!”, escreveu o MTST na legenda da imagem. O post teve mais de 1,5 milhão de visualizações.
Boulos, também pré-candidato, não integra mais o MTST, onde foi uma liderança e militou por 20 anos, mas ainda tem a imagem ligada ao movimento.
A direção do movimento escreveu em sua rede social que a postagem foi “inapropriada e por isso deletada de suas redes”. “Reafirmamos o respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa”, diz a nota do MTST. A manifestação ainda condena bolsonaristas por uso político da postagem.
Críticas após postagem na Semana Santa
Ainda na Semana Santa, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos, disse que a postagem era “de cortar o coração”. “Essa turma do Boulos só ataca a tudo e a todos. Estou indignado”, escreveu ele também no X (antigo Twitter).
“Guilherme Boulos busca o apoio dos evangélicos ao mesmo tempo em que seu grupelho de invasores blasfemam Jesus no dia de sua morte!”, disse Kim Kataguiri (União). “Logo em um dia tão importante para os cristãos, o MTST do Boulos usou a crucificação para comparar bandidos e Jesus. Como é possível alguém cogitar que esse rapaz seja prefeito de São Paulo?”, escreveu Marina Helena, que disputará a prefeitura pelo Novo.
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) também criticaram Boulos. “O MTST, movimento do atual candidato a Prefeitura de SP, o invasor Guilherme Boulos, ataca frontalmente a fé de milhões de brasileiros, justamente em um dia sagrado para o cristianismo”, declarou Fábio Wajngarten, assessor e advogado do ex-presidente.