Em 2014, o Orkut completou dez anos de vida. Mas o ano não será lembrado como aquele em que a primeira rede social do Google se tornou uma decana, mas sim aquele que marca o seu fim. O buscador de Mountain View publicou, em uma postagem em seu blog oficial, que o Orkut sairá de funcionamento no dia 30 de setembro.

Quem ainda tem perfil na rede social criada pelo engenheiro turco do Google Orkut Büyükkökten poderá usar a ferramenta Google Takeout para copiar as informações, fotos e arquivos que possui na plataforma. A partir de hoje, não será mais possível fazer cadastro na ferramenta.

A rede social do Google nunca foi um sucesso nos Estados Unidos. Em seus primeiros anos, ela competia com nomes como o Friendster (que chegou a ser alvo de tentativa de aquisição por parte do Google) e, pouco tempo depois, observou a chegada e avanço do Facebook.

No Brasil, contudo, o Orkut marcou época. Ele foi a plataforma que apresentou a filosofia de rede social para o País. No auge, a rede atingiu cerca de 40 milhões de usuários. A queda começou no final de 2011, quando caiu para 34 milhões. Em fevereiro de 2012, já eram 30 milhões. Hoje, o Google não divulga, mas são poucos os que ainda habitam o Orkut.

Até 2012, ainda havia esperança para o Orkut. Em entrevista à Dinheiro, à época, diretor de produto do Google Plus, Brad Horowitz, afirmou que o Orkut tinha sua importância e iria continuar ativo. Mas os planos mudaram.

A importância do País para a rede social é tanta que o texto em inglês que marca a saída de cena do Orkut teve título em português: Tchau, Orkut.

Uma batalha, mas não a guerra
A morte do Orkut, contudo, não marca a desistência do Google pela briga da interação social na rede. Desde 2011, quando o Orkut começou a perder tração, o buscador tenta fazer com que sua plataforma Plus ganhe força

Para isto, a empresa usa o Plus como uma espécie de identidade para todos os seus serviços. Em um cadastro unificado com Gmail e as contas do Google Play, o Plus ostenta um enorme número de usuários.

Quando o assunto é tempo gasto dentro da rede social, no entanto, a conversa é outra. Frente à liderança absoluta do Facebook, o Google e seu Plus ficam nanicos.