10/02/2017 - 9:42
Após o fracasso nas negociações entre mulheres representantes dos policiais militares e o governo do Espírito Santo, a Grande Vitória começou esta sexta-feira, 10 – o sétimo dia de paralisação da Polícia Militar -, sob muita incerteza.
Sem o acordo, todo o esquema de segurança no Estado ficará sob responsabilidade das forças de segurança que estão atuando no Espírito Santo – formadas por soldados das Forças Armadas e agentes da Força Nacional de Segurança.
Mais uma vez, os ônibus urbanos não estão circulando, e o comércio deverá ficar em sua maioria fechado. As aulas seguem suspensas, assim como unidades de saúde. O movimento nas ruas é praticamente exclusivo de carros particulares e táxis. Poucas pessoas se arriscam a caminhar ou andar de bicicleta nas primeiras horas da manhã.
Negociações
Nesta quinta-feira, 9, um encontro que durou mais de dez horas e reuniu mulheres de policiais militares e o governo do Estado terminou sem acordo. A reunião terminou apenas no início da madrugada desta sexta. A categoria reivindica 43% de reposição salarial.
Ao longo do encontro desta quinta, as representantes dos PMs chegaram a sugerir o parcelamento do reajuste – um aumento inicial de 15% e os demais 28% no prazo de 12 meses. Mas o governo ofereceu apenas uma possibilidade de reajuste a partir dos resultados de arrecadação do primeiro quadrimestre deste ano, sem, no entanto, apresentar porcentual.
Na negociação, as mulheres dos PMs também pediram anistia total aos policiais militares em eventual processo administrativo por motim. O governo afirmou que não deixará de investigar as infrações, mas prometeu “atuar com isenção”.
O secretário estadual de Direitos Humanos, Júlio Pompeu, lamentou o fracasso nas negociações e manutenção do motim dos policiais militares. “Nenhuma categoria de servidor para 100%. Eles (policiais) pararam. É lamentável”, declarou.