01/09/2025 - 17:39
Com volume financeiro muito enfraquecido pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, sem negócios em Nova York, o Ibovespa iniciou setembro em leve baixa, após a renovação de máximas históricas no intradia e em fechamento na semana passada. Nesta segunda-feira, 1º de setembro, oscilou dos 140.878,30 aos 141.949,94 pontos, saindo de abertura aos 141.423,06 pontos. Ao fim, marcava perda de 0,10%, aos 141.283,01 pontos, com giro a R$ 12,0 bilhões. No ano, o índice da B3 sobe 17,46%.
Na ponta ganhadora, destaque nesta segunda-feira para Raízen (+5,98%), Cosan (+3,42%) e Fleury (+3,22%). No lado oposto, Auren (-3,04%), Vamos (-3,00%) e Braskem (-2,88%). Entre as blue chips, Vale subiu hoje 0,07%, na máxima do dia no fechamento, enquanto Petrobras teve desempenho misto, em leve alta de 0,23% na PN e em baixa de 0,44% na ON. Os grandes bancos também trabalharam sem direção única, com variações entre -1,40% (BB ON) e +0,81% (Itaú PN), majoritariamente em baixa no encerramento.
“O Ibovespa abriu no campo positivo repercutindo as consecutivas reduções, no Boletim Focus, das projeções do mercado sobre a inflação, o que corrobora a expectativa por Selic mais baixa adiante”, diz Felipe Paletta, estrategista da EQI Research. “Mas após um desempenho muito bom na semana passada para a Bolsa, e de notícias marginalmente mais negativas sobre a economia chinesa no fim de semana, veio alguma aversão a risco, com o Ibovespa em compasso de espera, hoje, lateralizado e com liquidez reduzida pelo feriado nos Estados Unidos.”
Além da agenda econômica da semana, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, ele chama atenção, também, para o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF). O assunto tem sido acompanhado de perto pelo governo dos EUA, na atual disputa comercial e diplomática com o Brasil, em especial desde o tarifaço anunciado em 9 de julho.
Quanto ao PIB, observa o estrategista, a leitura será importante para tomar o pulso da atividade econômica doméstica, tendo em vista a expectativa de que juros mais baixos nos EUA – caso a redução de fato venha a ser efetivada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro – reforçam a tese de antecipação do ciclo de corte da Selic, do primeiro trimestre de 2026 para, possivelmente, o último mês de 2025.