A marca de tênis Veja inaugurou a sua primeira loja própria e física no Brasil, em São Paulo, na rua Oscar Freire, 565, Jardim Paulista, bairro nobre da capital.

A marca já era comercializada em mais de 400 pontos de venda no pais, mas ainda não tinha um  “lugar para chamar de seu”. Apesar da demora, a loja nasce como a maior do grupo no mundo. São 600m² distribuídos em três andares.

+ Veja, ex-Vert, alerta para falsificações e diz que promoção compre 1 tênis e leve 2 é golpe; entenda

Mudança de nome

Antes de falar da loja, vale mencionar a mudança de nome da marca. Os franceses François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp a lançaram em 2005 e a batizaram de Veja na Europa. Mas no Brasil, por questões legais, a empresa estreou com o nome Vert, isso em 2013.

No ano passado, a marca passou por um rebranding aqui no Brasil e, finalmente, unificou os nomes globalmente.

Calçados da Veja
Calçados da Veja (Crédito:Divulgação)

Primeira loja própria no Brasil

Pouco mais de um ano depois de “rebatizada”, a empresa abriu um estabelecimento conceitual e ambicioso. A loja conta com três andares e foi concebida com o arquiteto brasileiro Roberto Somlo em torno da ideia de “abertura e transparência”: tijolos aparentes, vigas visíveis, lajes de concreto bruto e fachada envidraçada.

Loja da Veja na rua Oscar Freire
Loja da Veja na rua Oscar Freire – Foto: Divulgação (Crédito:Reprodução/Instagram)

Por dentro, o concreto está “onipresente”. Os expositores são concretados e moldados em madeira, utilizando a técnica “banch, a favorita de Lina Bo Bardi, figura do brutalismo brasileiro. Uma instalação de neons também ilumina o ambiente.

Espaço para reparos

No fundo do piso térreo há o serviço de reparos. Trata-se do programa “Limpar, Reparar e Coletar“, que agora conta com dez locais ao redor do mundo. Ele já existe em Paris, Bordeaux, Berlim, Madrid, Brooklyn e Londres. Desde o início da “iniciativa”, já foram reparados mais de 45.000 pares ao redor do mundo.

Loja da Veja na rua Oscar Freire
Loja da Veja na rua Oscar Freire (Crédito:Reprodução/Instagram)

Há um mezanino e um andar superior e modular, dedicado a colaborações e “criações”.

Já a cobertura é equipada com móveis da coleção “Girafa” de Lina Bo Bardi – projetada para receber projeções e exposições.

Loja da Veja na rua Oscar Freire
Loja da Veja na rua Oscar Freire – Foto: Divulgação (Crédito:Divulgação)

Veja pelo mundo

Atualmente, há nove estabelecimentos próprios da Veja pelo mundo. Mas a marca é comercializada em mais de 2 mil pontos de venda no planeta. Além da Europa, que tem um mercado consolidado, o Brasil, Estados Unidos e Ásia são mercados em ascensão.

Apesar de ter registrado uma taxa de crescimento de três dígitos nos últimos anos, a Veja não abre números e prefere falar em estruturar as cadeias produtivas e reforçar a responsabilidade com o seu público, “sem gerar expectativas”.

Calçados custam mais de R$ 1 mil

A marca comercializa 150 itens diferentes de tênis (modelo/cor). O modelo mais vendido é o “Campo”, que geralmente é mais básico, em couro branco, com o V e o nome atrás colorido. Ele sai por R$ 590 no site da marca. Entretanto, há opções que podem passar dos R$ 1 mil.

São produzidos, em média, 4 milhões de pares por ano, nas seguintes fábricas: Ramarim e WIRTH (Rio Grande do Sul), DASS (Ceará), Samba (Portugal) – apenas 1% da produção é feita em Portugal.

A Veja afirma que sua produção mescla projetos sociais, justiça econômica e materiais ecológicos. A empresa utiliza algodão orgânico e agroecológico brasileiro e peruano para o tecido e cadarços, borracha amazônica para as solas e materiais feitos de poliéster reciclado.

Veja Volley – Crédito: Divulgação