13/06/2018 - 7:55
Cinco anos após mudar o currículo de suas graduações para que se tornassem mais flexíveis, a Comissão de Graduação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) – uma das mais tradicionais de Engenharia do País – avalia que a motivação dos alunos aumentou. A alteração permitiu que o estudante possa cursar matérias de outras áreas e até de fora da Engenharia.
A reforma também incluiu já no 1.º ano disciplinas introdutórias à área específica de formação. “Os alunos ficam mais próximos do que os trouxe à Engenharia”, conta Fabio Cozman, presidente da comissão.
Segundo ele, a flexibilização e a possibilidade de personalizar a grade curricular também trazem desafios importantes. “Ele (o aluno) tem mais obrigações porque decide quais disciplinar vai fazer. O aluno é menos conduzido na mão pelo sistema, o que é importante para desenvolver habilidades que serão utilizadas na profissão.”
Rafael Lima, de 22 anos, está no 3.º ano de Engenharia Civil da Poli e diz que o contato com as disciplinas introdutórias o fez ter certeza da escolha. “Temos muitas visitas técnicas e isso me motiva a continuar estudando. Já visitei o Porto de Santos, obras do Metrô e de duplicação de rodovias.” A chance de fazer disciplinas em outras áreas, diz, ajuda a “descansar” do conteúdo exclusivo do seu curso. “Fiz uma disciplina de análise de textos e foi ótimo”.
As mudanças também priorizaram novas metodologias de aprendizagem, com o uso de recursos digitais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.