Após atingir na véspera o maior valor desde janeiro do ano passado, o dólar à vista fechou nesta quinta-feira,6, em baixa firme ante o real, com as cotações em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, com a alta do Ibovespa e com a baixa dos juros futuros, em um dia favorável para os ativos brasileiros.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,2492 na venda, baixa de 0,90%.

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O Ibovespa também trocou o sinal nesta quinta-feira e encerrou o dia no positivo, após uma sequência de seis sessões em baixa, com perdas acumuladas somando 2,5%. O principal índice da bolsa brasileira avançou 1,23%, a 122.898,8 pontos.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,2970 na venda, em alta de 0,22%, atingindo seu maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023.

Os ganhos do dólar ao longo da semana também foram vistos em outros mercados emergentes, fomentados por resultados eleitorais em México e África do Sul que têm deixado investidores incertos sobre o futuro das economias desses países.

Nesta manhã, o foco dos mercados globais estava voltado ao anúncio da decisão de política monetária do BCE, que reduziu os custos dos empréstimos, até então em níveis recordes. O Banco Central Europeu decidiu nesta quinta-feira reduzir sua taxa de de juros de 4% para 3,75%, no primeiro corte desde 2019.

Com a decisão desta quinta-feira, o BCE se junta aos bancos centrais do Canadá, da Suécia e da Suíça, desfazendo algumas das sequências mais acentuadas de aumentos das taxas de juros na história recente.

A expectativa é de que o Federal Reserve, afetado por algumas leituras de inflação mais fortes do que o esperado neste ano, junte-se a eles no segundo semestre.

Ibovespa

O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira, ajudado pelo avanço de commodities como o minério de ferro e o petróleo, o que beneficiou principalmente as ações de Vale e Petrobras, mas também pelo alívio na curva de DI, que apoiou papéis sensíveis à economia doméstica.

Investidores encerraram o pregão na expectativa de dados de emprego dos Estados Unidos na sexta-feira, que podem reforçar — ou não — as apostas sobre um primeiro corte de juros na maior economia do mundo neste ano. Números durante a semana sinalizam que o mercado de trabalho parece estar se reequilibrando.

Na máxima do dia, chegou a 123.245,79 pontos. Na mínima, marcou 121.377,07 pontos.

O volume financeiro, porém, segue baixo, totalizando 16,9 bilhões de reais antes dos ajustes finais, de uma média diária no ano de 23,8 bilhões de reais.