06/09/2017 - 17:38
Após bater o recorde histórico, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, fechou com alta de 1,8% nesta quarta-feira, 6. Apesar do bom desempenho, o fechamento, em 73.411 pontos, ficou abaixo da marca alcançada em 20 de maio de 2008, de 73.518 pontos.
No decorrer do dia, o Ibovespa alcançou a marca de 73.607 pontos, a maior da história, às 15h35. Após o pico, o recorde histórico não foi mantido. O indicador recuou e não voltou a superar a marca. No momento da máxima, a alta no dia superava 2%.
Devido a dados econômicos favoráveis à queda da Taxa Básica de Juros (Selic), o mercado financeiro está animado com possíveis cortes mais drásticos dos juros. Ainda nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a nova taxa de juros. A expectativa é de corte de 1 ponto percentual, derrubando a Selic para 8,25% ao ano.
Um dos fatores que estão sugerindo a queda dos juros é a inflação. Nesta quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicou o IPCA referente a agosto. A aaxa ficou em 0,19%, a menor variação para o mês desde 2010, e índice acumulado em 2017 foi de 1,62%. A taxa em 12 meses diminuiu de 2,71% em julho para 2,46% em agosto, abaixo da meta estipulada pelo governo.
Com esses dados positivos, agora, a perspectiva é que a Selic possa ficar abaixo dos 7,25% ao ano previstos pelos economistas consultados pelo Banco Central no Boletim Focus.
O mercado financeiro também começa a prever um crescimento mais acelerado da economia brasileira em 2018. Algumas previsões mais otimistas sugerem que o País possa crescer até 3% no próximo ano.
Esse otimismo também é partilhado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nesta quarta, ele afirmou que os números do PIB estão fortes e positivos, e que o governo estaria avaliando uma revisão das projeções de crescimento para 2017. “A nossa previsão, como todos sabem, é de 0,5%, mas esse é um número com viés de alta. Deveremos revisar esse número para a frente”, afirmou Meirelles, após participar da cerimônia de posse do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, no Rio.