08/10/2024 - 11:50
Como e quando começou o uso do Design Thinking no Brasil? E das metodologias Agile? Você percebeu na época a revolução nas práticas de conceituação de escopo e gestão de projetos que elas trariam?
Pois bem, atualmente vemos a expansão no país de uma nova metodologia voltada à gestão, inovação e resolução de problemas que vem sendo trazida aos poucos por multinacionais que já a adotaram em projetos bastante exitosos na Europa: o VCW (Value Creation Wheel). Pela jornada de sucessos, o VCW já mostrou ser uma ferramenta valorosa para empresas (e até indivíduos) que precisam de um apoio para ordenar seu processo decisório sobre determinado objetivo.
O criador do VCW, prof. Ph.D. Luiz Filipe Lages, veio ao Brasil para montar uma estrutura de apoio que garanta a correta e eficiente adoção da metodologia em nosso mercado, inclusive com a implantação em 2025 da primeira “ilha” de certificação de especialistas no país. Ou seja, do ponto de vista de gestão, esse pode ser um momento histórico.
O prof. Luís Filipe participou em 1º/outubro de um podcast promovido pela UltraTalks com o tema “Gestão Estratégica – a Tomada de Decisões com Método e Propósito”, contando também com nomes conhecidos do Mercado de Meios de Pagamento, como Linconl Rocha, Luiz Carlos Pereira e Eduardo Pires (que capitaneou o evento). Além de possibilitar uma discussão rica sobre os desafios da tomada de decisão nas organizações, o encontro possibilitou ao professor dar uma visão abrangente do VCW e falar sobre a sua implantação no Brasil.
A referência ao sucesso do VCW não é exagero: a metodologia vem sendo aprimorada pelo prof. Luís Filipe ao longo de 30 anos, tanto no meio acadêmico quanto aplicada a negócios. Nesse período ela já foi avaliada e aprovada por organizações com perfis tão díspares quanto o Banco Santander, Coimbra Business School, Airbus, Mastercard, Casa da Moeda de Portugal, UPS, Gemalto, Mercer, Lamborghini, OTIS… enfim, o VCW já foi adotado por governos, ONGs, startups, incubadoras, instituições de ensino, e várias das empresas da Fortune 500. A Metodologia chega então ao Brasil com um incontestável histórico de sucesso.
De forma resumida, o Value Creation Wheel consiste em um framework de inovação e tomada de decisão que auxilia empresas e seus tomadores de decisão a encontrar soluções eficientes para desafios complexos. Com 3 diferentes dinâmicas (Sprint, Journey e Method) dependendo do tipo e complexidade do desafio, através de um processo estruturado o método permite identificar critérios-chave para resolver problemas e selecionar as melhores opções para implementação, garantindo que as soluções escolhidas estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da organização.
Segundo o prof. Luís Filipe, “95% das metodologias de inovação e tomada de decisão têm uma grande limitação: o fato de não considerarem a visão dos tomadores de decisão. Então são tomadas decisões nas empresas ao nível do marketing, da inovação ou das tecnologias, sem se ouvir quem tem realmente o poder, que é aquele que pode alocar uma equipe, alocar tempo, tem o orçamento e está motivado para resolver o desafio – ou seja, é quem tem os 4 M’s (main power, minute, money e motivation)”.
Além do encontro com a UltraTalks, na manhã de 02/outubro o prof. Luís Filipe conduziu nas instalações da Fundação Dom Cabral em São Paulo um Workshop com vários empresários e executivos, quando deu uma visão abrangente da metodologia, exercitando uma versão resumida da sua dinâmica mais simples, o VCW Sprint.
Para reforçar o entendimento, o prof. Luís Filipe fez uma comparação com uma metodologia bem conhecida no Brasil: “Uma das limitações do Design Thinking é que geram-se milhares de ideias, mas depois a maior parte não é implementada. Por que? Porque o tomador de decisão não esteve presente, não participou. Por exemplo, no caso do Design Thinking vocês podem fazer a seguinte pergunta: como acabar a fome do Mundo? Na VCW nós não fazemos isso, pois não há um tomador de decisão para resolver este problema“.
Enfim, importante será ver a VCW se desenvolvendo no país, pois afinal é uma ferramenta que aporta viabilidade para solucionar grandes desafios e “particularidades” que só o Brasil possui. Será muito bem vinda.
