Após o tombo que, durante algumas horas do dia, fez a Bitcoin desvalorizar 30%, a moeda virtual já recuperou seu valor anterior de mercado. Ao se considerar a distância entre sexta-feira, 22, e terça, 26, ou seja, apenas um dia útil (no caso de você ter aproveitado o feriado de Natal e deixado sua carteira virtual de lado), a variação da criptomoeda somou 55%, de acordo com dados da Coin Desk. Nesta terça, ela negocia com valorização de 10%.

A moeda, segundo a corretora americana, é comercializada neste momento a US$ 15.260. Na última sexta, ela checou a cair a abaixo de US$ 11.000, ao passo que iniciou o dia segundo negociada acima de US$ 15.200.

Segundo Fernando Ulrich, economista-chefe para criptomoedas da XP Investimentos, não é a primeira e provavelmente não será a última queda do Bitcoin.

“A única coisa que posso dizer a respeito das criptomoedas é que, pelo menos por enquanto, não é investimento para quem não tem muito sangue frio nem para quem precisa de liquidez”, afirma o economista.

O escritório americano de análises economicas Mauldin aponta que a cada 3 meses, uma queda brusca das cotações da Bitcoin acontece. Esta última não está nem perto das maiores. Isso mesmo apesar da valorização espetacular da moeda virtual em dezembro, que supera 50%, mas que, em 18 de dezembro, chegou a alcançar 95%.

Mauldin
A Mauldin Economics mostra todas as quedas expressivas da Bitcoin. (As datas estão no padrão americano MM/DD/AAAA) (Crédito:Mauldin Economics)

Uma das explicações para a queda foi a saída de um significativo número de grandes mineradores, a comunidade de produtores de Bitcoins, que deixaram de minerar a moeda para produzir a rival Bitcoin Cash. Isso fez com que um número menor blocos de Bitcoins entrassem no mercado, causando a queda do valor.