Que loteria que nada. A última moda no Japão é tentar a sorte no caixa eletrônico. O banco Ogaki Kyoritsu, localizado a oeste de Tóquio, está instalando jogos nas suas máquinas de saque automático. A instituição quer estimular o uso do equipamento pelos clientes, que vão pouco aos chamados ATMs. O funcionamento é bem parecido com os caça-níqueis eletrônicos encontrados nas casas de bingo no Brasil. O correntista-jogador concorre a dois tipos de prêmio. O mais simples (chance de ganho de uma em dez tentativas) isenta o cliente do pagamento da taxa de
utilização do caixa automático, no valor de 105 ienes (cerca de R$ 1,94). Já o grande prêmio paga 1 mil ienes ao vencedor, o equivalente a R$ 18,50. A chance de ganhar, segundo o banco, é de uma em 500 tentativas.

A utilização dos caixas automáticos para outras funções que não o saque de dinheiro é uma tendência no mercado internacional. Na Europa e nos Estados Unidos, é possível ver anúncios de propaganda, consultar mapas rodoviários e até comprar ingressos para eventos. Iniciativas como essas podem chegar por aqui em breve. ?Temos projetos de lançar um ATM que ofereça serviços extras, como venda de ingressos e check-in de hotéis e de companhias aéreas?, diz Nori Lermen, diretor comercial da Perto, fabricante gaúcha de caixas automáticos. Mas será que a instalação dos caça-níqueis nas máquinas pode ser feita no Brasil? ?Do ponto de vista técnico, é só instalar o programa?, afirma Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da Diebold-Procomp, a maior fabricante de caixas eletrônicos do País. ?Se o cliente ganhar, dá para fazer o crédito na conta dele na hora?. A idéia só não vai para frente porque os jogos de azar ainda são proibidos por aqui.