O setor privado começa 2013 convencido de que, neste ano, tudo será diferente e de que os prognósticos oficiais sobre o crescimento da economia devem finalmente se confirmar. O otimismo está manifestado inclusive em seus relatórios. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) cravou que os 4% do PIB devem ser alcançados. No mesmo acredita a Fiesp, que tem falado inclusive em uma fase de “reindustrialização” nacional, com um Brasil mais competitivo, livre de amarras fiscais e do crédito caro. O coquetel de iniciativas do governo – que inclui juros em queda, taxa de energia mais barata, desonerações e inflação controlada – levou os empresários a acreditarem que as condições estão dadas para o Brasil seguir em frente. 

 

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No apagar de 2012, uma boa notícia nessa direção já foi dada. O PIB per capita cresceu mais de 50% – o número é esse mesmo – em quatro regiões metropolitanas do País. Foram elas: Curitiba, Recife, Vitória e Baixada San­tista. O levantamento é da Brookings Institution, uma entidade privada sem fins lu­­crativos baseada em Washington. O avanço se deu no período de 1990 a 2012, mas há grande possibilidade, assinala o estudo, de que essa tendência de alta siga adiante. A CNI defende que a recuperação da produtividade virá sim, desde que ocorram ajustes no ambiente regulatório e que os investimentos – tanto públicos como privados – se confirmem. 

 

Preocupados com a concorrência externa e a relativa perda de eficiência, industriais admitiram a possibilidade de investir mais em inovação ao longo deste ano. Almejam conquistar mais mercado, inclusive internacional, e falam em desengavetar projetos que ficaram congelados à espera dos desdobramentos da crise global. Com a acomodação do quadro e a perspectiva de uma estabilidade no horizonte, eles parecem iniciar 2013 com ânimo renovado. Algo em absoluta sintonia com o anseio do governo cujo objetivo declarado é o de empreender todas as políticas públicas necessárias para que o País volte com firmeza para a trilha do crescimento e confirme a impressão geral de que, finalmente, chegou a sua vez. Tanto como o setor público, a iniciativa privada está fazendo sua aposta nesse sentido.