Em vez de demitir seus funcionários, a Apple tem desligado seus prestadores de serviços, de acordo com o New York Post. Demití-los não gera repercussões ruins da mesma maneira de quando trabalhadores fixos são desligados.

Assim como a maioria das grandes empresas, a Big Tech reforça sua mão de obra com prestadores de serviços fornecidos por agências terceirizadas. Geralmente, esses contratos têm duração de 12 a 15 meses, dependendo do tipo de trabalho realizado.

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O motivo de contratar mão de obra de curto ou médio prazo é principalmente financeiro. Prestadores de serviços não têm estabilidade, remuneração, benefícios, tempo de férias, participações acionárias ou licença remunerada igual aos funcionários plenos – isto é, aqueles contratados pela própria Apple. É mais fácil receber e desligar esses prestadores sem grandes pacotes de indenização ou sem conflitos trabalhistas.

Sem demissões em massa

A Apple é uma das poucas companhias de tecnologia que evitou as demissões em massa. Com mais de 110 mil funcionários na indústria de tecnologia desligados em 2023, os funcionários da fabricante do iPhone foram poupados. Enquanto CEOs como Sundar Pichai, da Alphabet, e Mark Zuckerberg, da Meta, assumiram total responsabilidade por terem contratado excessivamente durante a pandemia, Tim Cook, CEO da Apple, não teve uma política agressiva de contratação e diminuiu em 40% a sua própria remuneração.

Diferentemente de outras Big Techs, a Apple tem diminuído sua mão de obra em um ritmo lento e manteve as taxas de contratação de 2016. Apesar do boom de contratações no Vale do Silício durante a pandemia, a Apple criou menos de 7.000 empregos em 2020. Em setembro de 2022, a companhia tinha 164 mil funcionários, que trabalham tanto em cargos corporativos quanto nas lojas.

Essa não foi a primeira vez que a Apple desliga seus prestadores de serviço. No último mês de agosto, a empresa cortou aproximadamente 100 recrutadores de prestadores de serviços.