(Reuters) – A Apple está se preparando para permitir outras lojas de aplicativos em seus iPhones e iPads na União Europeia já no final do próximo ano, para cumprir uma nova lei de concorrência do bloco contra qual a empresa se opôs, informou a Bloomberg News na terça-feira, citando fontes.

A abertura para lojas de aplicativos externas poderá representar uma grande ameaça para o negócio de serviços da empresa norte-americana. Porém, os rivais terão que superar o obstáculo de convencer os consumidores a deixar a segurança e a simplicidade de usar a loja própria da Apple.

A magnitude das consequências depende de como a empresa cumprirá os mandatos adicionais da legislação europeia, conhecida como Lei dos Mercados Digitais (DMA).

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Microsoft, Meta, Amazon.com e outras empresas com lojas de aplicativos poderão ter aumentos nas vendas como resultado da mudança planejada pela Apple.

A Apple não comentou. Meta, Amazon e Microsoft não responderam aos pedidos de comentários, mas uma coalizão de desenvolvedores de aplicativos disse que a Apple deverá cumprir totalmente o DMA para realmente abrir a concorrência.

Caso a mudança ocorra, os clientes da empresa poderão instalar aplicativos sem usar a loja da Apple. Mas a empresa não tomou decisões sobre o cumprimento de outras disposições da lei, como permitir sistemas de pagamento rivais, o que ameaçaria bilhões de dólares em receita que a companhia coleta ao cobrar uma comissão de até 30% em compras na App Store.

Angelo Zino, analista de ações da CFRA, disse que espera que menos de 0,2% das vendas totais da Apple sejam afetadas por lojas de aplicativos concorrentes na Europa.

A aplicação do DMA da União Europeia está prevista para começar em meados de 2024. A lei exige que grandes empresas de tecnologia abram seus sistemas para concorrentes na esperança de aumentar as opções de escolha do consumidor. As multas poderão chegar a até 10% da receita global anual das empresas.

(Por Eva Mathews, Granth Vanaik, Foo Yun Chee e Paresh Dave)

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