Em agosto a Apple atingiu mais uma marca histórica, e se tornou a primeira empresa do mundo a ser avaliada em US$ 1 trilhão. A notícia parecia indicar a total confiança do mercado nela e seu produtos que revolucionaram o mercado. Porém após chegar no número histórico, o que se viu na bolsa foi uma Apple que a cada dia perdia mais valor de mercado, e nesta última quarta-feira (14), a marca fundada por Steve Jobs viu o valor de suas ações caírem 20% desde o pico do trilhão.

O valor máximo das ações da companhia foi de US$233,47 em 3 de outubro. Desde então os preços vem oscilando, sempre com tendência de baixa. A última grande subida do valor das ações aconteceu no primeiro dia da novembro, quando fechou em US$ 222,22. Quatro dias depois o valor despencou para US$ 201,59 e atingiu a baixa histórica pouco mais de uma semana depois, com as ações sendo negociadas a US$ 187, colocando a empresa no bear market (mercado de baixa) depois de anos sendo a principal referência no setor de tecnologia.

A movimentação do mercado chega em um momento em que, apesar de bons resultados no último trimestre divulgado, a Apple vem tendo quedas nas vendas de seus principais produtos, os iPhones e iPads. Isto fez com que a empresa anunciasse que não iria divulgar mais dados de vendas dos produtos, que começarão agora a serem tratados como artigos de luxo.

Outro ponto que levantou dúvidas sobre a empresa vieram de seus fornecedores. A Lumentum, empresa que fornece tecnologias de reconhecimento facial para a Apple, anunciou que uma das suas maiores clientes havia reduzido um pedido de compra, reportou a CNN, apesar de não ter especificado qual era este cliente. O aviso da Lumentum veio logo depois da Japan Display, outra fornecedora da iPhone, ter afirmado a redução na expectativa de lucros, responsabilizando a “demanda volátil dos clientes.”

Até o fechamento desta matéria (as 11:24 do dia 15/11/2018), a Apple estava em alta de 0,64, com ações cotadas a US$ 180,00.