Os três partidos de oposição apresentaram neste sábado uma moção de destituição que será submetida à votação na próxima semana contra a presidente sul-coreana Park Geung-Hye, acusada de corrupção.

A moção apresentada no Parlamento acusa a presidente de ter violado a Constituição.

Recebeu o apoio de 171 legisladores sobre os 300 da Assembleia Nacional, informou a agência Yonhap. A votação está prevista para a próxima sexta-feira.

Acusada de cumplicidade com uma confidente detida no mês passado por fraude e abuso de confiança, Park disse estar disposta a abandonar o cargo antes do fim do mandato, em 2018, e disse que deixava seu destino nas mãos do Parlamento.

Para a oposição, trata-se de uma manobra dilatória destinada a evitar uma destituição humilhante.

Para ser adotada, a moção de destituição deve ser aprovada por dois terços dos deputados, o que significa que para conseguir isso a oposição precisa do apoio de 30 membros do partido conservador Saenuri, ao qual Park pertence.

Se a moção for adotada, será transmitida ao Tribunal Constitucional para sua aprovação, procedimento que pode levar até seis meses.

Caso a presidente aceite renunciar, a oposição declarou que deseja organizar eleições antecipadas em junho, seis meses antes do previsto.

Park Geun-hye viu sua popularidade desabar em um mês à medida que eram divulgadas as investigações do Ministério Público sobre sua ex-confidente Choi Soon-sil, detida por ter utilizado seu relacionamento com a presidente para extorquir grandes empresas sul-coreanas.

A presidente é suspeita de “conivência” pelo Ministério Público a cargo da investigação do caso.

Desde a explosão do escândalo, nos fins de semana grandes manifestações em todo o país pedem a renúncia da presidente.

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