29/09/2021 - 11:18
Apresentador da CNN nos Estados Unidos, Anderson Cooper declarou no podcast “Morning Meeting” que não pretende deixar muito de sua fortuna para o filho, agora com menos de dois anos. Cooper possui fortuna avaliada em US$ 200 milhões e explicou que vai seguir o exemplo de seus pais, que restringiram a herança deixada para ele.
“Não estou tão interessado em dinheiro, mas não pretendo passar adiante algum tipo de pote de ouro para meu filho. Vou fazer o que meus pais me disseram: ‘Sua faculdade será paga, e em seguida você precisa seguir’”, disse o apresentador no podcast.
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Segundo a BBC, Cooper é descendente da dinastia dos Vanderbilt, poderosa nos Estados Unidos no início do século passado, mas que definhou pouco antes de ele nascer. A relação da família com o dinheiro deixou marcas na vida de Anderson e ele escreveu em um livro como era a vida dos Vanderbilts enquanto ele era jovem.
O caso levantado pelo apresentador norte-americano não é exclusivo e já aconteceu diversas vezes na história:
Andrew Carnegie vendeu a Carnegie Steel Company, no início dos anos 1900, e abarcou US$ 480 milhões de patrimônio, o que o colocou como homem mais rico de seu tempo. O dinheiro, no entanto, foi destinado a criação de bibliotecas, institutos educacionais, fundos e fundações nos EUA e Europa.
Chuck Feeney, outro bilionário americano, acumulou mais de US$ 8 bilhões ao longo de sua carreira no comando da Duty Free Shoppers, empresa de varejo em aeroportos. Boa parte deste dinheiro foi inteiro para filantropia, a causa de sua vida. Segundo a BBC, o magnata de 89 anos hoje vive uma vida sem luxo e com reservas feitas para os anos em que estivesse aposentado com sua esposa.
Kevin O’Leary, empresário canadense do ramo da informática, acredita que “você amaldiçoa uma criança quando elimina todo o risco de suas vidas”. Em sua opinião, crianças ricas e mimadas não se importam em buscar uma carreira. Em entrevista à CNBC, ele – que é um dos participantes do programa “Shark Tank” – comentou que quando recebeu dinheiro com seu primeiro IPO na SoftKey criou um fundo para as crianças da família, garantindo que elas teriam todas as despesas pagas até a universidade. Depois disso, é cada um por si.
Yu Pengnian, bilionário chinês no setor imobiliário e hoteleiro, morreu em 2015 com 93 anos e a família não viu a cor do dinheiro. Ele doou mais de US$ 1,2 bilhão a causas filantrópicas e deixou no testamento que todo o dinheiro restante fosse doado.