15/11/2025 - 10:00
O Grupo Cataratas inaugurou na sexta-feira, 14, na cidade de Foz do Iguaçu (PR) o segundo maior aquário da América Latina, o AquaFoz, que contou com investimento de R$ 140 milhões. A atração só perde em tamanho para o AquaRio, no Rio de Janeiro.
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Entre os destaques do aquário, está um dos maiores tanques oceânicos da América do Sul, segundo o Grupo Cataratas, com mais de 2 milhões de litros de água. Ao todo, são mais de 28 recintos que somam 3,3 milhões de litros de água.
Para receber espécies de tubarões como o lixa, galha-branca, leopardo, bambu e freycineti, além de raias de água doce e salgada, baiacus, peixes-palhaço, cavalos-marinhos e piranhas, os tanques precisam reproduzir ecossistemas de água doce e salgada, e foram inspirados em aquários ao redor do mundo.
O tanque oceânico conta com painéis de acrílico de 5 metros de altura e 11 metros de largura, com 19 cm de espessura e peso 13 toneladas.

“Mais do que um atrativo turístico, o AquaFoz reforça o posicionamento de Foz do Iguaçu como referência nacional em conservação e turismo sustentável, ampliando a oferta de experiências educativas na Tríplice Fronteira”, diz Pablo Morbis, CEO do Grupo Cataratas.
O AquaFoz tem como “embaixador” um tubarão freycineti, que é fruto de uma reprodução inédita sem intervenção humana, que ocorreu no AquaRio.
O Grupo Cataratas calcula que a operação deve gerar cerca de 400 empregos diretos e indiretos no primeiro ano.
Os ingressos são a partir de R$ 60 (infantil) até R$ 120 (inteira-adulto) e estão em fase promocional de inauguração.

Pesquisa e conservação
No AquaRio, em nove anos, foram mais de 50 trabalhos científicos publicados. Novas parcerias estão sendo firmadas com instituições e universidades para que o AquaFoz também se torne referência em pesquisa.
De acordo com Rafael Franco, biólogo do Grupo Cataratas, um dos trabalhos desenvolvidos e ligados ao aquário em Foz é uma parceria para a preservação do surubim-do-Iguaçu, peixe que só existe nesse rio e que corre o risco de desaparecer. Esse projeto é desenvolvido com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Copel.
“Esse é um projeto para devolver ao rio os surubins que perdeu ao longo dos anos. É um reforço populacional. Os animais são reproduzidos em laboratório por pesquisadores de bolsas de pós-doutorado, que trabalham para aprimorar essas técnicas”, explica Franco.

O biólogo conta que somente a equipe técnica tem cerca de 60 profissionais de diferentes áreas, como medicina veterinária, zootecnia, biologia e engenharia de aquicultura. Exames médicos e alguns tipos de cirurgias também podem ser realizadas no local.
Números e curiosidades do AquaFoz
- a estrutura do aquário suporta carga comparável à de um prédio de 20 andares e tem 13 mil metros quadrados de área construída. Foram usados na obra o equivalente a 1.650 caminhões-betoneira cheios de concreto;
- acrílicos chineses presentes na obra pesam mais de 13 toneladas cada um. Juntos, eles totalizam 55 metros quadrados formando um grande visor;
- mais de 300 espécies estão presentes nos 28 aquários, que abrigam mais de 10 mil animais;
- os tanques chegam a 6 metros de altura de coluna d’água, o que equivale a 6 toneladas por metro quadrado;
- o local tem mais de 200 bombas d’água e em um complexo sistema de tubulações com mais de 24 quilômetros;
- a laje de um edifício comum tem entre 15 e 20 centímetros de espessura, já o aquário conta com uma laje de 50 centímetros;
- o Tanque Oceânico, que abriga espécies marinhas, tem capacidade para 2 milhões de litros de água, volume superior à vazão normal das Cataratas do Iguaçu;
- foram importadas de Israel 18 toneladas de um sal específico para o tratamento da água doce e poder criar o ambiente correto para os animais marinhos
*Com informações de Estadão Conteúdo
