BUENOS AIRES (Reuters) – A Argentina registrou nesta quinta-feira um número recorde de casos de Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, com quase 110.000 casos, no momento em que a variante Ômicron altamente infecciosa impulsiona uma terceira onda pandêmica no país.

A contagem recorde de 109.608 no meio da temporada de férias de verão, com centros turísticos cheios de viajantes, não se traduziu em um aumento exponencial semelhante nas mortes relacionadas à Covid, que totalizaram 40, segundo o governo.

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“Não temos um impacto forte nas unidades de terapia intensiva e menos em termos de mortes”, disse a chefe de gabinete do Ministério da Saúde, Sonia Tarragona, à rádio local Urbana Play. “Os casos são leves ou moderados e não estão colocando pressão sobre o sistema de saúde.”

A Argentina acelerou sua campanha de vacinação nos últimos meses, tendo começado com a vacina Sputnik V, depois acrescentou os imunizantes da AstraZeneca e da Sinopharm e, posteriormente, CanSino, Pfizer e Moderna.

Tarragona disse não saber “qual será o limite máximo para infecções”, mas alguns especialistas acreditam que o número real de casos entre os 45 milhões de habitantes do país é maior do que os dados oficiais.

“Hoje, na Argentina, poderíamos ter cerca de 150.000 ou 200.000 casos de novas infecções por dia”, disse o bioquímico Jorge Geffner à Reuters.

Ele estimou que o pico de infecção pode ocorrer em meados de janeiro.

(Reportagem de Agustin Geist e Lucila Sigal)

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