O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Argentina subiu 4,6% em junho ante maio, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O número representa uma leve alta ante a leitura de maio, quando o CPI registrou aumento de 4,2%.

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Na comparação anual, o CPI saltou 271,5% no mês passado, de acordo com o Indec. Nesta métrica, houve uma desaceleração, após o avanço de 276,4% em maio.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina teve queda de 5,1%, na leitura preliminar do primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) em 24 de junho.

Ante o quarto trimestre de 2023, houve queda de 2,6%, após ajustes sazonais. Com a segunda queda seguida ante o trimestre imediatamente anterior, a Argentina entrou em recessão técnica.

O trimestre marca o primeiro período completo com Javier Milei, que assumiu o poder em dezembro após ganhar uma eleição surpreendente no ano passado, na qual fez campanha com uma motosserra para ilustrar os seus planos de cortar gastos e acabar com o déficit orçamentário.

A agência de estatísticas oficial Indec também divulgou dados sobre o mercado de trabalho, que mostraram que a taxa de desemprego chegou a 7,7% no primeiro trimestre, ante 5,7% no fim do ano passado. Isso significa aproximadamente 300.000 novas pessoas desempregadas desde o trimestre anterior.

Carne

Os argentinos, amantes da carne bovina, estão reduzindo o consumo de bifes e assados à medida que a economia do país despenca, o que significa que o consumo provavelmente atingirá uma mínima histórica este ano, segundo um relatório de mercado.

O consumo de carne bovina na Argentina em 2024 deverá totalizar cerca de 44,8 kg per capita, o menor valor desde que os registros começaram a ser feitos em 1914, informou a Bolsa de Comércio de Rosário, que publica atualizações de mercado para grãos e gado. A média histórica é de quase 73 kg.