Após grande debate que já dura mais de 20 anos, as armas inteligentes podem chegar às mãos dos clientes nos Estados Unidos ainda neste ano.  

A empresa LodeStar Works, de Idaho, apresentou sua pistola 9 mm para seus acionistas. Já a SmartGunzLLC, do Kansas, anunciou que policiais estão testando os seus modelos nas ruas.      

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A ideia dessas armas é só funcionarem nas mãos de seus donos, reduzindo, assim, a possibilidade de disparos acidentais de crianças ou de suicídios e tornar os revólveres perdidos sem função.

O cofundador da LordeStar, Gareth Glaser, reconheceu à Reuters que haverá desafios adicionais para a fabricação em larga escala, mas expressou confiança de que, após anos de tentativa e erro, a microeletrônica dentro da arma está bem protegida.

A tecnologia combinará sensores de impressão digital com chips que estarão presentes tanto na arma quanto em algum acessório utilizado pelo proprietário como um anel ou uma pulseira. Como uma alternativa de desbloqueio, também será disponibilizado um código PIN em um aplicativo próprio no celular do dono da arma. O desbloqueio acontecerá em microssegundos. 

Esse é um debate longo nos Estados Unidos entre estados, fabricantes e associações de rifles. Em 2014, a empresa alemã Armatix desenvolveu um calibre .22 inteligente, mas ele foi tirado do mercado pois um grupo de hackers conseguiu uma forma de bloquear a arma e fazê-la disparar quando ele deveria estar travada.     

A LordeStar anunciou que venderá seu produto de entrada, para novos usuários, por US$ 895 (R$4950,16). Já a SmartGunzLLC disse que as armas destinadas a agentes de segurança custarão US$ 1.795 (R$ 10 mil), e para civis, US$ 2.195 (R$ 12,2 mil).