22/08/2019 - 12:04
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, comentou nesta quinta-feira, 22, que o resultado da arrecadação de julho é explicado pelo recolhimento atípico de R$ 3,2 bilhões do Imposto de Renda de Pessoas Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no mês passado.
“Isso se deve a várias operações de reorganizações societárias que não devem se repetir, já que esses movimentos de investidores não têm previsibilidade. O reconhecimento dessas operações nos balanços das companhias entra como ganho de equivalência patrimonial, o que obriga ao pagamento do CSLL e do IRPJ”, explicou Malaquias.
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,735 bilhões em julho, um aumento real (já descontada a inflação) de 2,95% na comparação com o mesmo mês de 2018. O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de julho desde 2011.
Malaquias também destacou que o balanço trimestral de julho cresceu 41,67% em relação a julho do ano passado. “Isso vem das empresas que estão sendo tributadas pelo lucro real de forma trimestral. Algumas empresas que eram tributadas com base em estimativa mensal decidiram migrar neste ano para a tributação pelo lucro real, que é trimestral”, afirmou.