15/10/2003 - 7:00
Quantas corporações você conhece que são capazes de dar origem a novas palavras a partir de seu próprio nome, sua marca ou área de atuação? ?Ferrarista?, por exemplo, é o amante dos carrões da Ferrari. ?Xerocar? é fazer uma fotocópia. E não passa muito disso. Pois a paulistana Artfix, especializada na produção e instalação de grandes adesivos, aos oito anos de vida já gerou um verbo, um substantivo e um adjetivo que não estão no ?Aurélio?. São eles: ?adesivar? (colar adesivo), ?adesivado? (o objeto em que ele foi aplicado) e ?adesivadora? (a empresa que presta o serviço). E assim como essas expressões, o nome da Artfix colou no mercado. A sua lista de clientes inclui nomes como Coca-Cola, Nestlé, Unilever, Volks. O faturamento ainda é pequeno, R$ 16 milhões ao ano, mas a capacidade de surpreender tem feito a fama da companhia criada por Roberto Valentim e Marcos Sapia.
Eles começaram embalando carrocerias de caminhões, vans e geladeiras comerciais. Quando se deram conta estavam decorando o 767 da Varig que transportou a Seleção Brasileira durante a Copa de 2002. E até o fundo de uma piscina cheia. ?O que o cliente pedir a gente faz. Não recusamos trabalho nenhum?, diz Valentim. Com essa filosofia, a empresa se prepara para crescer 50% em 2004. Os sócios acabam de investir R$ 4 milhões na compra de galpão de 3.000 m2, em São Paulo. Também já encomendaram uma impressora de US$ 400 mil para estrear no mercado de painéis luminosos de lona, que estão substituindo os outdoors de papel e madeira nas grandes cidades. Falam em abrir três filiais, e contratar mais 50 funcionários para completar o quadro atual de 160. No mês passado, os amigos que venderam a própria casa para fundar a empresa com US$ 30 mil, começaram a investir em marketing. Só este ano, desembolsarão
R$ 300 mil para, entre outras coisas, veicular no rádio um comercial que termina do jeito que eles gostam: ?Artfix, a única com tecnologia para ?adesivagem? do avião.?