Centenas de artistas e compositores americanos, entre eles os gigantes da música Smokey Robinson e Stevie Wonder, a banda Pearl Jam e a cantora Billie Eilish, pediram a proteção da criatividade humana contra o que consideram “um ataque” representado pela inteligência artificial (IA).

“Temos que nos proteger contra o uso predatório da IA para roubar vozes e retratos de artistas profissionais, violar os direitos dos criadores e destruir o ecossistema musical”, diz uma carta apresentada pela organização sem fins lucrativos Artist Rights Alliance (ARA).

O documento foi elaborado após meses de advertências de que a expansão descontrolada da IA poderia minar a lei de direitos autorais e abrir as portas para fraudes e roubos de obras de artistas.

“Pedimos a todas as plataformas de música digitais e aos serviços baseados em música que se comprometam a não desenvolver nem implementar tecnologia, conteúdo ou ferramentas de geração de música de IA que prejudiquem ou substituam a arte humana dos compositores e artistas ou nos neguem uma remuneração justa pelo nosso trabalho”, diz a carta.

Entre os signatários também estão artistas como Katy Perry, J Balvin, Peter Frampton e os herdeiros do cantor e ator Frank Sinatra. “Se não for controlada, a IA lançará uma corrida ao fundo do poço que degradará o valor do nosso trabalho e nos impedirá de receber uma remuneração justa por ele”, afirmam.

O estado do Tennessee, um dos centros nevrálgicos da indústria musical, graças à cidade de Nashville, tornou-se no mês passado o primeiro nos Estados Unidos a aprovar uma lei nesse sentido. Seu objetivo declarado é proteger os profissionais da indústria musical de ameaças de IA.