14/09/2013 - 7:00
Música
Na contramão dos megashows recentes que tiveram resultados abaixo do esperado, o Rock in Rio, que teve início na sexta 13 e vai até o dia 22 de setembro, no Rio de Janeiro, atingiu os seus objetivos. O festival, criado pela agência Artplan, de Roberto Medina, vendeu 600 mil tíquetes em quatro horas e atraiu 73 marcas. A Dream Factory, empresa de eventos do grupo Artplan, gerida pela filha de Medina, Roberta, é a responsável por estratégias de marketing para 14 empresas. Entre os destaques está a ação da Volkswagen, que patrocina uma chuva diária de três mil leds nos intervalos dos shows. Outras empresas presentes são a Kopenhagen e a Bacardi, que instalou um gerador de eletroestática, para deixar as pessoas de cabelos arrepiados. Dentro do line-up do festival tem até concorrente: o sócio do grupo ABC Luiz Fernando Vieira tocará guitarra com a sua banda República, na quinta-feira 19.
Agências
Compra de letrinhas
O grupo ABC oficializou a compra de 51% da agência de comunicação corporativa CDN, fundada pelo empresário João Rodarte. Ela será a terceira maior empresa da holding liderada por Nizan Guanaes, atrás da DM9DDB e da Africa. A CDN faturou R$ 88 milhões em 2012 e ajudará o grupo a atingir a marca de R$ 1 bilhão neste ano.
Memória
O grande Petit
Fundador da DPZ e um dos mais importantes publicitários do mercado brasileiro, o catalão Francesc Petit, morto na sexta-feira 6, deixou algumas das ideias mais perenes da publicidade brasileira. A DPZ, criada por ele e seus sócios Roberto Duailibi e José Zaragoza, esteve à frente da criação da marca Itaú, do mascote da Sadia, do garoto Bombril e até do leão do Imposto de Renda.
Marca
Relógio que acelera
A Nissan vai competir com as empresas de tecnologia, como a Samsung, com o relógio inteligente Nissan Nismo Watch. Ele poderá ser conectado aos carros da linha Nismo, para que o motorista acompanhe informações de desempenho do automóvel.
Esporte
Torcedor de loja
O Internacional, de Porto Alegre, divulgou um vídeo na internet para promover as vendas de produtos oficiais e combater a pirataria. Ídolos do clube gaúcho, como o uruguaio Forlán e o argentino D’Alessandro, apareceram nos balcões de vendas de uma loja oficial do time, para surpresa dos torcedores.
Bate-papo
Alex Periscinoto, diretor da SPGA – Sales, Periscinoto, Guerreiro e Associados
O paulista Periscinoto, aos 88 anos, é uma verdadeira lenda da publicidade brasileira. Foi sócio por quase quatro décadas da Almap. Criou campanhas históricas, como o primeiro comercial televisivo do País, para a Cera Dominó, além de ter feito décadas de comunicação para a Volkswagen.
Qual é a grande diferença da publicidade de seu tempo para a de hoje?
A publicidade hoje é mais livre. E não estou falando apenas de censura. Há mais liberdade para a publicidade se comunicar com os três grandes tipos de consumidores: o racional, o emocional e o que vai comprar por impulso. Uma vez, um ministro falou na tevê que as pessoas não deveriam comprar o supérfluo. Mas o que é supérfluo? Se fosse assim, os shoppings iriam falir.
Como se atinge o público emocional?
Vai da própria consciência do criador da campanha. O publicitário é, por natureza, um intuitivo profissional ou, então, não é um publicitário.
Como vê a transição das agências brasileiras para os grandes grupos?
Não é possível fazer uma publicidade boa sem um grande time, ou sem ter volume. Por causa disso, foi natural essa transição.