13/07/2021 - 10:38
As Olimpíadas de Tóquio serão diferentes de qualquer edição passada, com a ameaça do coronavírus pairando sobre o maior evento esportivo do mundo e os organizadores determinados a fazer todos os esforços para prevenir um surto de infecções.
A seguir, um resumo das medidas adotadas para lutar contra a covid-19 e suas variantes, antes e durante os Jogos Olímpicos, programados acontecerem entre 23 de julho e 8 de agosto:
– Medidas preventivas
O último manual de regras a serem respeitadas pelos atletas e dirigentes esportivos lista em 70 páginas as exigências, que começam antes da chegada ao Japão.
Os quase 11 mil atletas devem passar por dois testes de detecção de covid-19 nas 96 horas anteriores à viagem ao Japão. Também devem ser submetidos a um teste na chegada.
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Eles serão testados diariamente durante sua estada e devem deixar a Vila Olímpica em até 48 horas após o término de sua competição.
Não será permitido o deslocamento para qualquer local que não seja alojamento, local de treino e de competição, sendo vedada a utilização do transporte público.
As máscaras serão obrigatórias, também no pódio, com exceções apenas para comer, dormir, treinar e competir.
– Vacinas
Os dirigentes olímpicos garantem que 85% dos atletas e delegados residentes na Vila estarão vacinados. A vacinação não é obrigatória, mas é fortemente recomendada.
As regras serão as mesmas para todos os participantes – vacinados, ou não. A organização de Tóquio-2020 realizou a vacinação de 40 mil funcionários, voluntários, jornalistas locais e agentes aeroportuários.
– Em caso de infecção
Os atletas terão de fazer diariamente testes de antígeno com saliva. Em caso de resultados positivo, ou incerto, serão submetidos a um teste de PCR de saliva. Se este teste for positivo, serão submetidos a um PCR nasofaríngeo.
Um terceiro resultado positivo significará que o atleta está excluído dos Jogos. Precisará ser isolado, ou hospitalizado, e será considerado um “não participante”, em vez de “desqualificado”, da competição.
– Em caso de ‘contato estreito’
A situação será mais complicadas para os “contatos próximos” de uma pessoa infectada. Este termo se aplica apenas a pessoas que estiveram 15 minutos, ou mais, a um metro da pessoa infectada, sem usar máscara.
Pode ser um colega de quarto, ou de mesa, mas provavelmente não um parceiro de competição, por exemplo.
Pessoas consideradas como “contato próximo” terão de esperar pacientemente para descobrir se são consideradas aptas para continuar participando dos Jogos.
As decisões serão tomadas “caso a caso”. Se os “contatos próximos” foram autorizados nas competições, poderão ficar sujeitos a restrições adicionais, como serem transferidos para uma sala separada e comer sozinhos.
– Em caso de adoecimento
Pessoal médico e instalações sanitárias são essenciais em todos os Jogos Olímpicos, mas aqui as medidas são muito maiores por causa da pandemia.
De acordo com os organizadores, cerca de 7 mil profissionais da saúde, entre médicos e enfermeiros, serão mobilizados.
O número de leitos disponíveis não foi especificado.
A busca por pessoal médico para as Olimpíadas tem sido objeto de controvérsia no Japão, por causa de um recente surto de infecções que colocou os hospitais à prova.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) se comprometeu a enviar pessoal médico adicional.
– Própria conta e risco
Os participantes dos Jogos Olímpicos procedentes do exterior, incluindo atletas, treinadores e jornalistas, deverão ter um seguro que cubra tratamento médico e repatriação.
Os regulamentos olímpicos especificam que o seguro deve incluir cobertura para a covid-19. Antes de entrar no Japão, os atletas deverão assinar um “compromisso por escrito”, no qual concordam em respeitar as restrições ligadas ao coronavírus e assumem a responsabilidade por sua viagem.
“Apesar de todos os cuidados tomados, os riscos e impactos podem não ser totalmente eliminados”, alerta o manual de Tóquio-2020.
“Consequentemente, você concorda em participar dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos por sua própria conta e risco”, acrescenta.