A estabilidade que move o crescimento
Cerca de 1.200 convidados PRESTIGIARAM a cerimônia de premiação das MELHORES companhias do Brasil

A ECONOMIA DO BRASIL, tão imensa quanto seus problemas, finalmente encontrou o caminho do crescimento sustentável. Este ano, o PIB deve aumentar cerca de 5%, ritmo que deve se manter no ano que vem. O País ainda precisa avançar em muitas áreas, como a tributária e a de infra-estrutura, para atingir a velocidade de outros emergentes, como China e Índia. Mas para o grupo de elite das empresas brasileiras esta já é uma realidade. É o que ficou patente na entrega do Prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO 2007, que reuniu mais de 1,2 mil pessoas nos salões do Espaço Rosa Rosarum, em São Paulo. Segundo o anuário da DINHEIRO, estava ali representado um contingente de respeito: as receitas líquidas das 500 maiores companhias cresceram 12% em 2006, acima dos 10% do ano anterior. ?É crescimento chinês?, ressaltou o editor e diretor responsável da Editora Três, Domingo Alzugaray.

O atual ciclo de expansão da economia brasileira deu o tom da noite de festa. Em seu discurso na abertura do evento, o presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles, lembrou que o País atravessa o mais longo período de bonança das últimas décadas. ?O PIB cresce há 22 trimestres consecutivos. O padrão atual de crescimento contrasta com o anterior, de arrancadas e freadas?, disse. Para ele três pilares sustentam a estabilidade necessária para o bom desempenho das empresas do País: o sistema de metas para a inflação, o câmbio flutuante e a responsabilidade fiscal. Meirelles foi elogiado pela condução dessas políticas, que em muitos momentos significaram sacrifícios para os empresários e trabalhadores. ?Tivemos que ter paciência com o senhor Meirelles. E agora precisamos reconhecer que esta paciência está rendendo frutos e o Brasil está encontrando o seu caminho para chegar ao seu destino de uma grande nação?, afirmou Alzugaray.

De nada adiantariam as condições macroeconômicas se o País não contasse com uma classe empresarial empreendedora e persistente. O reconhecimento dos casos de sucesso é o principal objetivo do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO. O evento, em sua quarta edição, reuniu a elite empresarial e política do País. Autoridades públicas e gestores privados, cujas companhias faturaram R$ 1,3 trilhão no ano passado ? o equivalente a 56% do PIB ? aplaudiram de pé a estrela da noite: o empresário Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim. O presidente da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) recebeu o troféu Empresa do Ano do presidente da República em exercício José Alencar. Ele sintetizou o espírito da premiação: ?Aqui se comemora a prosperidade das empresas. É algo que precisamos aprender a fazer no Brasil.? O presidente em exercício fez questão de prestar sua homenagem aos protagonistas da noite. ?Antônio Ermírio de Moraes e sua família são paradigmas verdadeiros do trabalho, da vitória pelo trabalho, pela dedicação e também pela humildade?, disse. Ao se referir ao anfitrião, Alzugaray, declarou: ?Ainda que tenha nascido fora (na Argentina), Domingo é mais brasileiro do que quase todos nós, porque há 50 anos presta relevantes serviços com trabalho dedicado e competente à frente das suas empresas jornalísticas?. O evento também comemorou o décimo aniversário da DINHEIRO, uma ousadia editorial que se firmou como a principal revista semanal de economia e negócios do País. ?A DINHEIRO nasceu com a missão de ser a voz nervosa, inquietante e exigente, mas acima de tudo otimista, da sociedade produtiva de nosso País?, lembrou Carlos Alzugaray, presidente- executivo da Editora Três.

Além da CBA, foram premiadas outras 31 companhias de 30 setores econômicos. Deste grupo de elite, cinco receberam o prêmio máximo nos critérios analisados. A Petrobras ganhou o troféu Gestão de Governança Corporativa. O Itaú destacou-se em Gestão de Responsabilidade Social e Meio Ambiente e a Serasa, em Gestão em Recursos Humanos. A Bunge foi premiada pela Gestão de Inovação e a Grendene, em Gestão Financeira. As autoridades presentes participaram da entrega dos troféus. Os ministros Henrique Meirelles, Carlos Lupi (Trabalho) e Luiz Marinho (Previdência) dividiram o palco com o presidente em exercício do Congresso, senador Tião Viana, os governadores Aécio Neves, Yeda Crusius e José Roberto Arruda, bem como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, Roni de Oliveira Franco, sócio da Trevisan, e Fernando Exel, presidente da Economática.

Cada um que subiu ao palco simbolizou, em sua empresa e setor, o Brasil que supera as dificuldades e vai em frente. Aos 79 anos, um emocionado Antônio Ermírio contagiou a platéia ao relembrar os tempos difíceis da CBA desde sua fundação, em 1954. ?Não tenho vergonha de dizer que no começo cansamos de receber inúmeros títulos protestados. Mas isso não nos desanimou?, discursou. Também prestigiaram o evento os senadores Eduardo Suplicy e Adelmir Santana, o deputado Michel Temer e o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo e empresários como Silvio Corrêa da Fonseca, presidente da Lincx, Milton Isidro, da SAS, Gustavo Salomão, da Tok-Take, Antonio Jacinto Matias, vice-presidente do Itaú, Petrônio Nogueira, vice-presidente da Accenture, Norberto Birman, da Amil, Wilson Levoratto, diretorgeral da Febraban, o vinicultor Angelo Salton, Daniel Randon, da Fras-Le, e Sidney Munhoz, da Chubb Seguros, entre outros. Cledorvino Belini, presidente da Fiat, beijou o troféu e resumiu as declarações dos demais gestores das empresas vencedoras: ?Este é um prêmio especial, um reconhecimento e um estímulo pela busca cada vez maior de novos resultados.?

O público: empresários e gestores de sucesso
Festa em São Paulo COMEMOROU também o décimo aniversário da revista DINHEIRO, a primeira semanal de economia

Os premiados: as campeãs de cada setor
Entrega do troféu AS MELHORES DA DINHEIRO 2007 reconhece o SUCESSO e estimula as companhias a vencer

Os campeões
O reconhecimento setorial da DINHEIRO