Donald Trump não resiste a um holofote. Ele reapareceu na semana passada em grande estilo para anunciar seu projeto de reconstrução das torres do World Trade Center, destruídas pelo ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001. O magnata do setor imobiliário pegou carona na decisão da prefeitura de Nova York, que suspendeu temporariamente o projeto do arquiteto Daniel Liebeskind, contratado para este trabalho. A polícia considerou inseguro o edifício central que compõe o complexo do profissional, com 512 metros de altura, exatos 32 metros mais alto que as torres extintas. “Meus prédios são mais seguros”, disse Trump no circo de mídia armado para apresentar sua proposta. As torres de Trump pouco diferem das originais, erguidas nos anos 70. O projeto do magnata é composto por dois edifícios 30 metros mais altos (510 metros no total e 5 andares adicionais) que os derrubados pelos aviões pilotados pelos seguidores de Bin Laden. Os reforços de segurança, incluindo materiais mais resistentes à incêndios e numerosas e maiores escadas de emergência, também estão entre as novidades desse empreendimento. Nem mesmo o nome dos edifícios deve mudar : seriam chamadas de Twin Towers II (Torres Gêmeas II). Para ele, seus “novos” prédios, rodeados por memoriais, seriam a resposta ideal aos terroristas. Ele só não explicou como pretende convencer as autoridades americanas e o proprietário do terreno a abdicar do projeto de Liebeskind, fruto de um largo processo de disputa e negociação que custará cerca de US$ 15 bilhões.