Assessores de Alexei Navalny, o líder da oposição russa que está preso, afirmaram que conversaram com representantes da União Europeia (UE) sobre a possibilidade de adoção de sanções contra altos funcionários russos e do entorno do presidente Vladimir Putin.

Leonid Volkov, um dos principais colaboradores do opositor, que abandonou a Rússia, afirmou na segunda-feira no Telegram que “discutiu com representantes dos países da UE sobre um pacote de sanções pessoais”.

“Vamos falar muito sobre isto no futuro, nas próximas semanas e meses”, completou.

Volkov disse que as sanções seriam direcionadas, entre outros, aos oligarcas Roman Abramovich e Alisher Usmanov, ao apresentador de televisão pró-Kremlin Vladimir Soloviov, ao diretor da emissora de televisão Pervy Kanal, Konstantin Ernst, ao banqueiro Andrei Kostin e a Igor Shuvalov, que já foi alto funcionário do governo.

As sanções também afetariam os filhos do secretário-geral do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, e do diretor dos Serviços de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, que já são objetos de sanções.

Volkov afirmou que as sanções seriam direcionadas ao “círculo mais próximo e aos partidários de Vladimir Putin”.

A delegação polonesa na União Europeia confirmou no Twitter que uma reunião por videoconferência será celebrada com Leonid Volkov e Vladimir Ashurkov, outro colaborador de Navalny.

“Os representantes permanentes dos 27, ao lado dos embaixadores dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Ucrânia, estão discutindo agora os próximos passos”, afirmou a delegação.

A UE pediu reiteradamente a libertação do opositor Alexei Navalny, detido desde 17 de janeiro.

Também acusa de Moscou de negar-se a investigar o envenenamento em agosto do opositor do Kremlin, o que levou os europeus a adotar sanções contra várias autoridades russas.