O asteroide atingido propositadamente pela sonda Dart, da Nasa, a agência espacial norte-americana, deixou um rastro de detritos que se estendem por milhares de quilômetros. É o que mostra uma imagem capturada por um telescópio no Chile dois dias após a colisão.

O impacto ocorreu no dia 26 de setembro como parte de experimento para verificar se é possível desviar rochas espaciais que podem representar ameaça à Terra. O evento deixou nuvem semelhante a uma cauda de cometa, que se estende por cerca de 10 mil quilômetros e deve ficar ainda maior até que desapareça.

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O rastro que se formou será monitorado nas próximos meses, segundo Michael Knight, do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos. Com o impacto, a sonda Dart, avaliada em US$ 325 milhões, foi destruída. Agora, os cientistas do projeto trabalham para estabelecer se o teste foi realmente bem sucedido e se a trajetória do asteroide foi alterada, o que levará algumas semanas.

O nome da sonda, Dart, é formado pelas iniciais em inglês de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário e foi projetado para fazer “exatamente o que está escrito na embalagem”, afirmou o líder da missão, Andy Rivkin, à BBC News.

Segundo ele, a técnica poderia ser usada se um asteroide viesse em direção à Terra em algum momento no futuro. E, nas palavras dele, é uma “ideia muito simples” — colidir a espaçonave contra o objeto com o qual você está preocupado e usar a massa e a velocidade da nave “para mudar ligeiramente a órbita desse objeto, o suficiente para que não atinja a Terra”.