23/11/2025 - 18:59
Haytham Ali Tabatabai, descrito como o segundo no comando do grupo, foi alvo de um bombardeio. Líbano criticou retomada de ataques contra prédios residenciais em Beirute.Israel disse neste domingo (23/11) que matou um alto comandante do Hezbollah em um ataque aéreo no sul da capital libanesa, Beirute.
Em uma postagem no X, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que Haytham Ali Tabatabai, descrito como o segundo no comando do grupo, foi “eliminado”.
“Há pouco tempo, no coração de Beirute, as IDF atacaram o Chefe de Estado-Maior do Hezbollah, que vinha liderando o fortalecimento e o rearmamento da organização terrorista”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu no X. Os Estados Unidos haviam imposto sanções a Tabatabai desde 2016 e oferecido uma recompensa por sua captura.
Este foi o primeiro ataque aéreo de Israel contra Beirute desde junho e ocorre em meio ao aumento das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, nas últimas semanas.
O ministério da Saúde do Líbano afirmou que o ataque matou pelo menos cinco pessoas e feriu outras 28.
Uma grande coluna de fumaça foi vista subindo do movimentado bairro de Haret Hreik, e vídeos nas redes sociais mostram pessoas se reunindo perto do local do impacto.
Em setembro do ano passado, o então líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense no mesmo bairro.
Hezbollah confirma ataque
O Hezbollah confirmou que seu dirigente foi alvo do ataque, que, segundo o grupo, “cruza uma nova linha vermelha”, de acordo com a agência AFP.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, condenou o ataque em um comunicado, no qual acusou Israel de desrespeitar sua parte no acordo de cessar-fogo.
Ele pediu à comunidade internacional que “intervenha de forma firme e séria para deter os ataques contra o Líbano e seu povo”.
Aoun também pediu a interrupção de qualquer escalada que pudesse levar ao retorno das tensões regionais, segundo o ministério da Informação do Líbano.
Os bombardeios israelenses no sul do Líbano vêm se intensificando nas últimas semanas, enquanto os Estados Unidos pressionam o país para desarmar o Hezbollah. O governo libanês aprovou um plano militar para remover as armas do grupo até o fim do ano.
Israel afirmou que o Hezbollah está reconstruindo suas capacidades militares no sul, uma alegação que o Líbano nega.
Os últimos ataques aéreos acontecem poucos dias antes do primeiro aniversário do cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, firmado em 27 de novembro de 2024.
gq (AP, Reuters)