Até 86 cientistas dos Estados Unidos podem ter sido expostos acidentalmente ao antraz em um laboratório, informaram autoridades nesta sexta-feira, revisando para cima o registro de 75 fornecido na véspera.

O número inclusive “pode aumentar mais”, advertiu à AFP o porta-voz dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), Tom Skinner.

Os trabalhadores da sede dos CDC em Atlanta receberam antibióticos e estão sendo examinados por possíveis sinais da doença, embora o risco de infecção seja “muito baixo”, segundo a organização.

A “exposição involuntária”, descoberta em 13 de junho, ocorreu em um laboratório de alta segurança “depois de terem sido desrespeitadas práticas de segurança estabelecidas”, informou o CDC em um comunicado publicado em seu web.

Os cientistas preparavam amostras do “Bacillus anthracis” (antraz) para serem analisadas em laboratórios em menor segurança.

“No entanto, o laboratório usou um procedimento no qual as amostras não foram adequadamente desativadas”, informou a organização.

O antraz é uma mal provocado por um germe que vive no solo e ganhou notoriedade em 2001, quando um ataque através de envios pelo correio americano contendo o agente patogênico causou a morte de cinco pessoas.

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