A atividade econômica no Nordeste caiu 7,97% no trimestre até maio ante o período até fevereiro, conforme o Banco Central (BC), que publicou o Boletim Regional nesta sexta-feira, 14. Comparado com as outras regiões, o Nordeste teve a maior contração no período mais afetado pela pandemia do novo coronavírus.

Segundo o BC, o impacto foi disseminado entre as atividades econômicas, com exceção do setor agropecuário, que se beneficiou de melhores condições climáticas.

A autoridade monetária destaca, porém, que dados referentes a junho e início de julho, como expectativas dos agentes, licenciamento de veículos, consumo de energia e vendas com cartão de débito, sinalizam recuperação parcial da atividade, acompanhando o aumento da mobilidade das pessoas.

No período finalizado em maio, o BC destaca o dinamismo da agricultura, destacando-se a soja e o milho, em parte voltados à exportação, e da maior abrangência do benefício emergencial na região, que serviram como fatores de mitigação da crise sanitária.

Os sinais de recuperação, diz a autoridade monetária, são mais evidentes em dados mensais da produção industrial e do comércio varejista em maio. O comércio ampliado teve alta de 13,6% em maio, depois de queda de 18,7% em abril, na margem com ajuste sazonal, enquanto a indústria avançou 12,7% em maio, mas teve retração acumulada de 22,2% no trimestre finalizado no quinto mês do ano.

Sobre os serviços, o boletim não traz números, mas afirma que houve retração em todos os meses do trimestre finalizado em maio. “Espera-se alguma recuperação do segmento, reflexo da reabertura da economia em diversos Estados da região.”

De maneira geral, o BC afirma que indicadores com informações mais recentes sinalizam continuidade da recuperação parcial da economia nos meses de junho e no início de julho no Nordeste.