Com mais jovens engrossando o grupo de investidores, os ativos alternativos devem representar cerca de 40% das carteiras dos grandes investidores até o fim da década, aponta a MA7 Negócios.

“Existe um novo olhar sobre o risco. O investidor mais jovem entende que todo ativo tem incertezas, mas vê nos alternativos uma assimetria positiva: o risco existe, mas o potencial de retorno é significativamente maior do que o encontrado nos mercados tradicionais”, afirma Matheus Matos, Sócio e Head Jurídico da MA7 Negócios.

Entre os investidores com idade entre 21 e 43 anos, mais de 70% já se declararam desconfiados dos ativos convencionais. Enquanto isso, entre os investidores acima de 44 anos, essa desconfiança não passa de 28%, aponta a MA7.

O comportamento da nova geração também se reflete na disposição para aumentar a exposição a ativos alternativos nos próximos anos. Mais de 90% dos investidores jovens afirmam ter intenção de ampliar esse tipo de alocação, contra apenas 28% entre os mais velhos.

“Existe um novo olhar sobre o risco. O investidor mais jovem entende que todo ativo tem incertezas, mas vê nos alternativos uma assimetria positiva: o risco existe, mas o potencial de retorno é significativamente maior do que o encontrado nos mercados tradicionais”, afirma Matos

Segundo dados do setor, os ativos alternativos já superam os US$ 20 trilhões em alocação global, com expectativa de ultrapassar os US$ 25 trilhões até 2027. O crescimento é impulsionado por segmentos como private equity, venture capital, infraestrutura, ativos judiciais, créditos estressados, fundos imobiliários e criptoativos. Além do retorno potencial elevado, esses ativos têm atraído investidores por oferecerem menor correlação com bolsas e juros, protegendo o patrimônio em momentos de instabilidade.

“Os ativos alternativos não são isentos de risco, mas quando bem estruturados, oferecem oportunidades únicas de multiplicação de capital. É uma classe de ativos que combina inteligência jurídica, visão de longo prazo e capacidade de navegar em situações fora do radar. Quem entende essa lógica, está um passo à frente”, diz Matos.