21/11/2025 - 9:14
Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmaram ao PlatôBR que temem que o atrito entre o petista e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), possa travar o avanço da pauta econômica e uma eventual mudança no conteúdo do PL Antifacção no Senado.
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A equipe de Haddad apostava na aprovação de dois projetos que podem garantir R$ 25 bilhões de arrecadacão extra em 2026: a taxação de bets, fintechs e bancos, além do corte de 10% nos benefícios fiscais. A pasta também defende que o Legislativo vote o projeto que cria a figura do devedor contumaz e pode render mais recursos aos cofres públicos. No caso do PL Antifacção, o governo trabalha para que o texto aprovado pela Câmara seja alterado pelo senadores.
Alcolumbre era visto como um aliado do governo, mas a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, por Lula para a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, parece ter implodido as pontes entre os dois. Como mostrou o PlatôBR, o presidente do Senado já ligou para parlamentares para declarar voto contrário em Messias.
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Segundo um auxiliar de Lula, Alcolumbre não gostou de saber da indicação de Messias pela imprensa. Ele esperava uma ligação do presidente para comunicar sua decisão, já que o presidente do Senado pediu pessoalmente para que o petista indicasse para a vaga o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Em represália, cerca de três horas depois do anúncio do nome de Messias para o STF, Alcolumbre divulgou nota para informar que colocará em votação, na próxima terça-feira, 25, o projeto de lei complementar que regulamenta a aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde.
Essa é pauta-pomba para o governo. A medida tem um impacto estimado em R$ 24,72 bilhões nas contas públicas, segundo estimativa do Ministério da Previdência Social.
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