17/04/2022 - 4:54
A ministra das Relações Exteriores da Austrália disse neste domingo (17) que o controverso pacto de segurança entre a China e as Ilhas Salomão não encerrará a cooperação de defesa de seu país com o arquipélago.
Marise Payne disse à ABC que o atual tratado de segurança entre a Austrália e as Ilhas Salomão pode continuar, mesmo que o arquipélago tenha ignorado a recomendação de Canberra e assinado um pacto com a China.
A ministra sublinhou que, de acordo com o tratado, “a força de assistência constituída pela família dos países do Pacífico – Austrália, Nova Zelândia, Fiji e Papua Nova Guiné – deslocou-se às ilhas no final do ano passado para apoiar a gestão dos distúrbios” desencadeados por protestos contra o primeiro-ministro Manasseh Sogavare.
Um rascunho vazado do pacto de segurança provocou tensão na região no mês passado sobre as disposições que permitiriam que a segurança chinesa interviesse nas Ilhas Salomão e realizasse implantações navais.
Desde que os termos do acordo foram divulgados, Sogavare afirmou que “não tem intenção” de pedir à China que construa bases militares nas ilhas.
Perante a crescente preocupação com o acordo, o ministro australiano para o Pacífico, Zed Seselja, visitou as ilhas e reuniu-se com o primeiro-ministro Sogavare.
De acordo com um comunicado, Seselja pediu a Sogavare que “respeitosamente considere não assinar o acordo e consulte a família do Pacífico em um espírito de abertura e transparência regional”.