A Áustria anunciou nesta sexta-feira que não iria mais procurar a Itália para retomar a conversa sobre o controverso controle da fronteira depois das duras medidas tomadas por Roma que resultaram em uma enorme queda no número de migrantes.

Viena voltou a ameaçar impor o controle na Passagem de Brenner, nos Alpes, como parte de uma série de medidas anti-migrantes se a Itália não conseguisse reduzir o número de recém-chegados que se dirigem à Áustria.

“O número de migrantes ilegais caiu para quase zero nas últimas semanas”, disse o Ministro do Interior, Wolfgang Sobotka, em coletiva de imprensa com o colega italiano, Angelino Alfano, sobre a passagem, um ponto-chave na rota norte-sul.

Sobtka acrescentou que o reforço dos oficiais no controle dos trens pela Itália, Áustria e Alemanha ajudou a diminuir o fluxo.

Alfano disse que estava “feliz” de que a Áustria tenha reconhecido os esforços italianos ao abordar a questão.

A histórica rota dos Alpes é um importante corredor europeu de transporte, com uma base diária de 5.500 caminhões em trânsito – um cordão de segurança crucial para a exportação da Itália para o norte da Europa, que já é propensa a atrasos mesmo sem o controle nas fronteiras.

Mas Viena está preocupada de que isso possa se tornar uma nova rota para migrantes e refugiados após o fechamento da rota dos Bálcãs, principal ligação da Grécia com o norte e oeste da Europa.

Mais de 28.500 pessoas já desembarcaram na costa da Itália este ano, procedentes da Líbia.

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