08/08/2010 - 0:04
Pelo menos 120 pessoas morreram e 2.000 estão desaparecidas em avalanches de lama que se seguiram a uma forte chuva no noroeste da China, segundo a agência oficial Xinhua.
Os danos materiais calculados também são consideráveis: 1,4 milhão casas foram destruídas e os prejuízos podem chegar a 275 bilhões de iuanes, ou mais 30 bilhões de euros.
O primeiro-ministro Wen Jiabao chegou neste domingo à província de Gansu, devastada pelos deslizamentos de terra registradas na véspera, atingindo a província de população tibetana.
Vinte mil pessoas foram retiradas do local, segundo a televisão estatal.
Muitas casas, em escombros, foram arrastadas.
As autoridades mobilizaram 3.000 soldados e centenas de profissionais de saúde para as operações de busca e resgate.
“A água do rio Bailong subiu muito e muitas pessoas ficaram presas”, declarou à agência Diemujiangteng um funcionário do governo local.
“Neste momento, a lama é o principal obstáculo às operações de resgate”, informou, acrescentando que em algumas estradas alcançava um metro de altura.
Desde o começo do ano, a chuva forte deixou em toda a China mais de 2.100 mortos ou desaparecidos, provocando a evacuação de 12 milhões de pessoas.
As imagens da televisão estatal mostravam os moradores caminhando sobre ruas cobertas de barro, carros parcialmente sepultados na lama e soldados limpando as ruas com pás, e à procura de sobreviventes.
O nível da água começava a baixar no vale depois que as autoridades destruíram com explosivos uma barreira de escombros que havia bloqueado o fluxo do rio, segundo a Xinhua.
Foram as piores enxurradas do país, em dez anos.
No nordeste da China, aldeias inteiras estão debaixo d’água e os nível dos rios na zona próxima da fronteira com a Coreia do Norte chegou a um ponto crítico. A meteorologia previa mais chuva para este domingo nessa região do país.
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